Lições da visita de Francisco são lembradas por Suplicy e Ana Rita

Lições da visita de Francisco são lembradas por Suplicy e Ana Rita

A passagem do papa Francisco pelo Brasil, encerrada na última sexta-feira (28), continua ecoando pelo País. Nessa quinta-feira (1º), no retorno do recesso parlamentar, vários senadores subiram ao plenário para comentar as lições deixadas pelo pontífice durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Os petistas Eduardo Suplicy (SP) e Ana Rita (ES) destacaram que a simplicidade, o carisma e a atenção de Francisco para com os pobres, jovens e idosos são um exemplo para todos os povos.

“Ele falou a linguagem da juventude, suas palavras foram facilmente entendidas por todos. Elas vinham do mais profundo do seu ser. Seu amor pelas pessoas, principalmente os pobres, velhos e jovens, era comovente”, ressaltou Suplicy.

O senador pontuou vários ensinamentos deixados em seus pronunciamentos. Observou, por exemplo, que o papa Francisco condenou “a lógica consumista, que nos empanturra de coisas que não matam a fome existencial”, pensamento que, para o senador, dignifica os valores de uma vida mais sóbria, atenta às necessidades do próximo.

Suplicy ainda enalteceu a fala de Francisco sobre inclusão dos jovens e idosos nas atividades produtivas das nações.

 “Ele condenou a atitude do mundo moderno, que só se interessa por aqueles que podem produzir e afasta os velhos e os jovens”, disse. “O papa nos ensinou que os mais velhos trazem a experiência do já vivido e os jovens precisam ter contato com essa experiência para não repetir os erros das gerações passadas. Em outras palavras, o mundo não anda sem os idosos e sem os jovens”.

Sobre a violência vista em algumas manifestações, Eduardo Suplicy avaliou que seria bom que os vândalos que se infiltram nas manifestações de rua, deixando um rastro de destruição deveriam ouvir o papa: “O mal é a violência contra o ser humano e, portanto, contra a humanidade.”

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Para a senadora Ana Rita, o papa Francisco foi quem melhor soube interpretar o “momento de transformações” pelo qual o mundo passa atualmente. E estendeu isso até a Igreja Católica, que também precisa de reformas. Segundo a petista, o pontífice apoiou e convocou os jovens a serem protagonistas das evoluções que a humanidade precisa atravessar. “O papa chamou os jovens a serem revolucionários, a terem coragem de ser felizes. A não se conformarem com injustiças e de agirem como protagonistas da história”, lembrou.

Ana Rita ainda lançou a interpretação de Francisco sobre o papel da mulher na religião e na sociedade: “uma Igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico sem Maria. O papel da mulher na Igreja não é só a maternidade, a mãe da família. É muito mais forte. A mulher ajuda a Igreja a crescer. E a pensar que Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos!”, citou. “O Papa Francisco observou que a Igreja é feminina. E o papel da mulher na Igreja não pode ser limitado, e não se pode entender uma Igreja sem uma mulher ativa”, concluiu.

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