O relator da Medida Provisória 568/12, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que o governo está convencido de que precisa corrigir erros na MP, que reajusta os salários de 937 mil servidores federais. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, ele lembrou que o reajuste contempla 30 categorias profissionais e que, por isso, rejeitar a MP não é o melhor caminho. “Muitos salários no serviço publico não são justos, inclusive o dos médicos. Queremos uma solução construtiva e que traga ganhos para as categorias. Vamos manter os ganhos que a MP trouxe e garantimos aos médicos que não haverá perdas”, afirmou.
Além dos reajustes, o texto da MP altera a carga horária dos médicos que trabalham em hospitais públicos federais de 20 para 40 horas semanais. Segundo a categoria, isso representaria diminuição de 50% do salário. Eduardo Braga informou, ainda, que os adicionais de insalubridade e periculosidade dos médicos não estão resolvidos. “Eles servem hoje para corrigir distorções nos salários. Precisamos alterar os vencimentos para resolver isso”, disse.
A plateia da audiência reagiu às declarações, porque a medida provisória já teve repercussão nos atuais contracheques. O relator afirmou que, se houve perdas, os valores serão estornados. O relator-revisor da MP, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que o governo reconheceu o erro. “Não é esse o objetivo da MP. Há o compromisso de evitar perdas”, afirmou.
A audiência pública, realizada no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, contou com a presença de entidades representativas dos servidores públicos ligadas à área da saúde.
Informações da Agência Câmara