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Ligue 180 e denuncie violência contra mulher
Nesta semana, o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher completa 20 anos. No período, foram realizados 16 milhões de atendimentos. Criado em 2005, durante o primeiro governo do presidente Lula, no âmbito da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o serviço funciona 7 dias por semana e 24 horas por dia, e conta com uma equipe de atendimento de 346 mulheres. Até outubro deste ano, mais de 520 mil mulheres registraram algum tipo de violência pela Central.
A Central está articulada a uma extensa rede de proteção e atendimento à mulher, formada por serviços como a Casa da Mulher Brasileira, os Centros de Referência, as Delegacias de Atendimento à Mulher, as Defensorias Públicas, os Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
Além disso, também presta orientação sobre leis, direitos das mulheres, registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes, e registro de reclamações e elogios sobre os atendimentos prestados pelos serviços da rede de atendimento.
Importante destacar que o Ligue 180 acolhe, orienta, abre a denúncia que a mulher tem para fazer e acompanha o desenrolar do processo, mas se a vítima estiver sendo ameaçada de morte, se for uma emergência, é preciso ligar para o 190, a central de atendimento da Polícia Militar.
De acordo com o Ministério das Mulheres, o Ligue 180 incluiu, em 2014, um canal direto de denúncia de violência, sob a gestão da presidente Dilma Rousseff, com encaminhamento às autoridades competentes e acompanhamento pelo Governo.
Inovações no atendimento
Após ter sido unificado pela gestão passada ao Disque 100, serviço de denúncias de violações de direitos humanos, o Ligue 180 passou por uma verdadeira reestruturação. A então unificação dos dois serviços provocou queda no número de atendimentos.
Por isso, desde 2023, o governo Lula, por meio do Ministério das Mulheres, promoveu uma série de melhorias no serviço. A capacitação das profissionais é uma das etapas. São 346 profissionais, entre atendentes, analistas, psicólogas, coordenadoras, monitoras, analista de tráfego e gerente aptas a atender, orientar e acolher as mulheres vítimas de violência. Do total, são 298 atendentes e analistas, incluindo trabalhadoras bilíngues.
Houve também a ampliação dos canais de comunicação com o serviço, com atendimento pelo WhatsApp, através do número (61) 9610-0180. Assim como nas chamadas por telefone, o atendimento por meio do canal de mensagem é sigiloso e as denúncias podem ser registradas de forma anônima ou por terceiros.
Também há a oferta de um canal exclusivo às mulheres surdas ou com deficiência auditiva, por meio de atendimento em Libras no site gov.br/mulheres/ligue180/libras. E é possível realizar denúncias por e-mail: [email protected].
“Ampliamos os investimentos na capacitação das equipes, fortalecendo a escuta qualificada para que as mulheres possam realizar as denúncias em um ambiente seguro e acolhedor. Este é um instrumento fundamental para romper o ciclo de violência. O Ligue 180 também é um canal importante para tirar dúvidas e encaminhar meninas e mulheres para serviços especializados”, destacou a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
No ano passado foi feito o lançamento do Painel do Ligue 180, ferramenta interativa desenvolvida pela pasta com o objetivo de facilitar o acesso da população e dos gestores e gestores a informações sobre os serviços da rede de atendimento existente nos municípios e estados brasileiros.
O painel reúne informações sobre os Serviços da Rede – local para buscar facilmente informações sobre os serviços especializados de atendimento a mulheres em situação de violência; e Análise da rede de serviços – que traz informações elaboradas de todos os serviços disponíveis por estado, município e tipo de serviço para os seguintes serviços cadastrados na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
Números do Ligue 180
O MMulheres revela que, entre janeiro e outubro de 2025, foram realizados 877.197 atendimentos, uma média de 2.895 por dia. Do total, foram 719.968 chamadas por telefone, 26.378 atendimentos por WhatsApp, 130.827 por e-mail, além de 24 videochamadas (Libras). No período, foram registradas 126.455 denúncias de violência contra mulheres – em 66% dos casos, a denúncia foi feita pela própria vítima – 21% de forma anônima – 13% por terceiros.
Em 2024, o Ligue 180 registrou uma média de 2.051 atendimentos por dia, com 750.687 chamadas, contabilizando telefonia, WhatsApp, e-mail, entre outros tipos de canais. Ainda em 2024, a Central atendeu 691.455 ligações oriundas de todo o território nacional, o que representa um aumento de 21,6% em relação a 2023.
O número de atendimentos pelo WhatsApp, lançado em abril de 2023, também ampliou, passando de 6.689 em 2023 (743/mês) para 14.572 em 2024 (1214/mês) — um salto de 63,4%. Para a pasta, o aumento nos registros, a cada ano, demonstra a maior confiança no serviço, resultado de uma série de melhorias implementadas pelo governo Lula.
Encaminhamento das denúncias
As denúncias de violência contra as mulheres são encaminhadas para os órgãos de investigação dos Estados e do Distrito Federal, incluindo a Polícia Civil e o Ministério Público. O Ministério das Mulheres realiza o acompanhamento dos casos, oferecendo suporte às vítimas em parceria com os governos estaduais, municipais e distrital.
Para agilizar o fluxo de encaminhamento e capacitar pontos focais junto aos gestores locais, o Ministério firmou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT). Ao todo, 14 estados já aderiram ao ACT: Sergipe, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pará, Piauí, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão, além do Distrito Federal e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Sessão em homenagem aos 20 anos do serviço
A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) convocou a realização de uma sessão em homenagem aos 20 anos do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher. A atividade ocorrerá na próxima quinta-feira (27), no Plenário da Câmara Federal.
Na justificativa do pedido, a parlamentar argumenta que “em duas décadas de funcionamento, o serviço tornou-se referência nacional e internacional na promoção dos direitos das mulheres, consolidando-se como um espaço de escuta qualificada, humanizada e comprometida com a proteção da vida. Milhares de mulheres em todo o país encontraram no Ligue 180 o primeiro canal de apoio diante da violência doméstica, sexual, moral, patrimonial e psicológica.”



