Lindbergh comemora cartilha da Síndrome de Down

“Vai salvar muitas vidas”, disse lembrando que 50% das crianças com Down têm cardiopatias.

 

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (26/09) o manual Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down e a sua versão acessível, intitulada Cuidados de Saúde para as Pessoas com Síndrome de Down. As publicações, que estão disponíveis no site do Ministério, foram apresentadas no Centro de Referência da Pessoa com Deficiência de Irajá, no Rio de Janeiro.

O evento contou com a participação do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que tem uma filha com Down, e festejou a criação das diretrizes. O senador petista destacou as dificuldades enfrentadas pelos familiares de pessoas com síndrome de Down para encontrar profissionais com conhecimentos sólidos sobre a trissomia. “É preciso conhecer as especificidades, saber, por exemplo, que 50% das crianças com síndrome de Down têm problemas cardíacos. Existem questões importantes e os profissionais pelo Brasil afora não sabem como proceder. Hoje é um dia de vitória, tenho certeza que esse manual vai salvar muitas vidas”, comemorou.

Segundo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a cartilha contém orientação clara para que os profissionais de saúde saibam como diagnosticar e acompanhar pessoas que têm síndrome de Down.

Além de participar do Grupo de Trabalho que deu origem às diretrizes, o Movimento Down atuou na elaboração da versão acessível do manual, que traz conteúdos adaptados para que possam ser lidos e compreendidos por pessoas com síndrome de Down. “A versão acessível é fundamental para que pais e pessoas com síndrome de Down possam inclusive cobrar dos profissionais de atendimento, conversar sobre determinadas orientações”, ressaltou Padilha.

Breno Viola, Coordenador de Conteúdo Acessível do Movimento Down, se disse emocionado por colaborar com a versão acessível das diretrizes. “Tenho muito orgulho em estar aqui. Muitas pessoas ainda não sabem tratar as pessoas com síndrome de Down como iguais. Nós temos direito de ser tratados como cidadãos”, disse Viola, de 31 anos, que tem síndrome de Down.

Coordenadora do Movimento Down, Maria Antônia Goulart lembrou que as diretrizes são um passo muito importante para melhorar o atendimento a pessoas com síndrome de Down em todo o Brasil. Mãe de Beatriz, uma menina de dois anos que tem síndrome de Down, a advogada também frisou a importância da acessibilidade intelectual no desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva. “O Brasil é pioneiro ao lançar esse documento [acessível], estamos muito felizes em participar do projeto. As pessoas com deficiência intelectual precisam de conteúdos adaptados. O manual traz informações muito importantes sobre saúde e hábitos saudáveis, é fundamental que os maiores interessados possam compreender seu conteúdo”.

Com site do Movimento Down

Conheça a cartilha 

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