“Nós temos uma ótima relação e acho que as coisas não funcionam assim, dando um ultimato à presidenta da República”, disse o senador.
Senador Lindbergh foi eleito presidente da CAE |
Logo após ser eleito por unanimidade para presidir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nos próximos dois anos, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) conversou com os repórteres sobre a nota divulgada na segunda-feira (25/02) pelo presidente do diretório regional do PMDB, Jorge Picciani, cobrando do PT apoio à candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, à sucessão do governador Sérgio Cabral. A nota sugere que o partido pode não apoiar a reeleição de Dilma caso seja mantida a candidatura de Lindbergh Farias ao governo do Rio de Janeiro.
Lindbergh afirmou que sua candidatura foi aprovada por unanimidade pela direção regional do PT e que estava trabalhando para liderar uma frente inclusive com a presença do PMDB, o que não está descartado. “Mas se o PMDB quiser lançar uma candidatura própria dele, eles têm todo o direito. O que não pode é na convenção deles (acontece no próximo sábado) decidirem o que a gente vai fazer. Quem decide é a gente”, salientou.
Um repórter quis saber se Lindbergh estaria disposto a retirar sua candidatura ao governo do Rio e, assim, atender ao ultimato do diretório estadual do PMDB. “Não, de forma alguma. Eles sabem que nossa candidatura está coloca e nós já apoiamos o PMDB. Sinceramente, só não acho que essa foi uma forma elegante para tratar desses temas”.
Outro repórter insistiu, questionando Lindbergh ser a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula poderiam lhe fazer um pedido para retirar sua candidatura em nome do projeto nacional. Mais uma vez, Lindbergh afirmou que sua candidatura está consolidada e é uma unanimidade no PT. Segundo ele, nesta semana um programa do PT do Rio foi exibido no estado e foi muito bem avaliado. “Talvez isso tenha esquentado o clima, as paixões. Se você analisar bem (a nota) não é uma declaração de força e parece que nossa candidatura está incomodando. É uma demonstração, talvez, de fraqueza e isso as pessoas não gostam. Quem decide a eleição é o eleitor. Acho que eles deveriam lançar o candidato deles e não ficar dizendo tira ele, tira ele, tira ele. Isso não pega bem junto ao eleitor do Rio. Acho que essa nota foi um ponto fora da curva”, enfatizou.
Marcello Antunes