Lindbergh Farias: “A classe política deve ler com cuidado os dados da última pesquisa. O governo tem nota baixa, sim, tem, mas toda a oposição está em queda”Nesta terça-feira (27), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) aproveitou o espaço entre uma votação e outra, no plenário do Senado, para fazer uma rápida análise da recente pesquisa divulgada pelo Ibope. Os números, considerados surpreendentes pela mídia, aponta que Dilma está com baixa popularidade; que o PT está com baixa também e inclusive o ex-presidente Lula, o nome que assusta dez entre dez opositores quando se fala em eleições de 2018.
“Chamo os senadores para uma reflexão. Na pesquisa, o senador José Serra tem 54% de rejeição; Geraldo Alckmin tem 52%, Ciro Gomes tem 52%, Marina Silva tem 50% e o senador Aécio Neves 47% de rejeição. Chamo atenção da oposição porque talvez a tática de colocar o Brasil numa guerra fraticida tenha fracassado e as pessoas estão entendendo que isso contamina a economia”, afirmou.
Lindbergh não escondeu que a pesquisa aponta que o governo de Dilma também está com percentuais ruins, mas a oposição tem uma parcela significativa de rejeição que não deveria ser normal. “Nós parecemos aqui um bando de irracionais que ficamos brigando, brigando, brigando, enquanto a economia mergulha numa grande recessão”, apontou.
Segundo ele, o governo pode estar em cheque, mas a oposição se encontra na mesma posição e deve se reinventar, deve adotar uma outra prática no parlamento. “Em cidade pequena o candidato derrotado sobe nas pesquisas. Seria normal que Aécio estivesse surfando nos números, mas não, tem rejeição elevada”, disse, acrescentando que o tucano lidera um grupo que se reduz a cada dia em torno do pedido de impeachment de Dilma. “Espero que todas as partes aprendam com esses números do Ibope”, recomentou.
Aécio Neves não gostou e ligou no automático: disse que o governo é isso e aquilo, o que vem repetindo há exatamente um ano desde que as urnas confirmaram a vitória de Dilma. Sobre a pesquisa, disse que se sente confortável com todas elas, e que estaria – veja só – acima de Lula.
“Acho que o senador Aécio Neves não está entendendo é que esse clima de radicalização política está interferindo também na economia. Tem outros motivos, sim, para a crise econômica. Mas esse clima de radicalização política está sendo prejudicial aos interesses do País. Se ele não quiser entender o resultado da pesquisa, que coloca uma rejeição a ele de 47%, ele faça como quiser. Eu acho que é hora de todo mundo repensar. Foi só um alerta”, disse Lindbergh – Aécio ficou fulo da vida.
Marcello Antunes
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