Lula abre comemorações dos 30 anos da CUT

Evento de quarta-feira homenageará ex-presidentes, dirigentes e fundadores da Central.


Lula abre comemorações dos 30 anos da CUT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrirá nesta quarta-feira (27), em São Paulo, as comemorações do 30º aniversário da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ele participará da 1ª plenária da Direção Nacional da Central em 2013, com a presença de 130 dirigentes da entidade. A CUT faz 30 anos em agosto deste ano.

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Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos
de São Bernardo e Diadema nos Anos 70,
Lula foi uma das principais expressões
da retomada do sindicalismo combativo

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema nos Anos 70, Lula foi uma das principais expressões da retomada do sindicalismo combativo — que resultaria na construção do PT e da CUT — cuja organização brotou naquela década, a despeito do regime militar e da estrutura sindical arcaica, inspirada no fascismo italiano, herdada do Estado Novo. No encontro com os dirigentes da CUT, ele lembrará um pouco das lutas, reivindicações e conquistas da classe trabalhadora brasileira, nas últimas décadas, sem esquecer de apontar os desafios que se apresentam para o futuro.

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A Plenária também homenageará
ex-presidentes, dirigentes e fundadores
da Central, entre eles o líder seringueiro
Chico Mendes

Desde a sua fundação, a CUT defende a liberdade e autonomia sindical que assegurem aos trabalhadores o direito de decidir livremente sobre suas formas de organização, filiação e sustentação financeira, com total independência frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos políticos, credos e instituições religiosas. A central foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo (SP), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), encontro que reuniu mais de cinco mil delegados e delegadas de todas as regiões do país, no galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz.

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Em julho de 1983, foi deflagrada
a primeira greve geral contra a
ditadura, com a participação de
mais de 3 milhões de pessoas

Pouco mais de um mês antes da fundação da Central, em 5 de Julho de 1983, os petroleiros do turno da noite da Refinaria do Pla­nalto (Replan), em Paulínia (SP) haviam decidido entrar em greve contra um decreto do governo militar que acabava com direitos do funcionalismo público. Com a adesão dos petroleiros de Mataripe (BA), seguida pela dos metalúr­gicos de São Bernardo e Diadema, estava deflagrada a primeira greve geral contra a ditadura, com a participação de mais de 3 milhões de pessoas, como recapitula o jornalista Walter Venturini, em artigo publicado na revista Teoria e Debate.  Até então, os crescentes e cada vez mais pujantes movimentos grevistas, ainda que tratados como “políticos” pelo governo, tinham tido cunho eminentemente econômico, expressando demandas salariais, pela reposição da inflação e pela melhoria das condições de trabalho.

Após sua fundação no Conclat, a CUT realizaria seu primeiro congresso em agosto de 1984, elegendo o metalúrgico Jair Meneguelli como presidente. As resoluções desse congresso trazem uma pauta nacional que tratam não só de questões trabalhistas, mas sela o compromisso da central com a luta pelas eleições diretas para presidente, entre outras bandeiras democráticas de cunho mais geral, marca que a entidade manteve nessas três décadas de atuação.

Cyntia Campos, com informações da CUT Nacional e Revista Teoria e Debate
Fotos: Arquivo CUT

Saiba mais sobre a CUT www.cut.org.br

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