Lula brilha no Datafolha; Globo censura menção a FHC

Talvez a ausência do destaque na edição da Folha de S.Paulo que projetou a queda de popularidade da presidenta Dilma Rousseff como informação repetitiva, já que pela terceira vez consecutiva pesquisa Datafolha traz a mesma avaliação: para 56% dos entrevistados, o petista Luís Inácio Lula da Silva foi lembrado como o melhor presidente da República que o Brasil teve em toda a sua história.

Na pesquisa anterior, Lula recebeu a mesma classificação por 64%, queda que pode ser explicada pelo bombardeio incessante do oligopólio de mídia contra ele, o PT e o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Distante na segunda colocação, o tucano recebeu apenas 16%, mesmo com toda a ajuda do mesmo oligopólio de mídia, em manipulações como a divulgada pelo portal Forum nesta segunda-feira (09), evidenciando não só a blindagem ao PSDB e seus governos, mas como as Organizações Globo interpretam o que seja liberdade de expressão.

A prova da manipulação está num e-mail da diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, para todos os chefes de núcleo da emissora, cujo Assunto é “Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato”.

O texto da mensagem, que se estende a todos os video tapes gravados departamento de jornalismo, veio a público por um funcionário indignado com a censura interna da emissora, e mostra a “liberdade de expressão” que servis colunistas e editorialistas sempre sacam quando comentam a tão esperada regulação dos meios no Brasil.

“Atenção para a orientação”, diz Silvia Faria, disparando a ordem para dois funcionários: “Sérgio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”, ordena.

A ordem referia-se ao trecho delação do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, corrupto confesso no inquérito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que declarou receber propinas antes do primeiro mandato do governo do ex-presidente Lula. FHC foi procurado pela reportagem da Globo para comentar a denúncia, mas sua reação foi proibida pela emissora, da mesma forma como foi suprimido nas edições das publicações das Organizações Globo o trecho em que Barusco situa o início da corrupção na Petrobras “logo após a quebra do monopólio do petróleo”, ocorrida durante o governo tucano.

Na mesma pesquisa Datafolha, outros dois presidentes que não contam com a censura interna da Globo como mesmo escudo de proteção, foram lembrados como os “melhores” por 6% dos eleitores (Getúlio Vargas) e 5% (Dilma Rousseff).

To top