
"O Brasil vai apresentar ao mundo uma Amazônia viva, diversa e soberana", afirma o presidente Lula ao comentar a maior queda do desmatamento na Amazônia e no Cerrado desde 2008
O presidente Lula comemorou, em mensagens nas redes sociais, a notícia de que o Brasil registrou, entre agosto de 2024 e julho de 2025, resultados históricos no combate ao desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) Federais.
De acordo com os dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve redução expressiva das taxas de desmatamento, tanto na Amazônia (31%) quanto no Cerrado (45%), em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números representam o menor índice já registrado para a Amazônia e o segundo menor para o Cerrado desde a criação do Prodes, em 2007. Em comparação a 2022, as quedas acumuladas chegam a 74% na Amazônia e 62% no Cerrado, evidenciando o avanço das políticas de preservação ambiental.
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Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram registrados 134 quilômetros quadrados de desmatamento em unidades de conservação federais da Amazônia e 31 quilômetros quadrados no Cerrado, resultado que reforça a viabilidade da meta brasileira de alcançar o desmatamento zero até 2030.
Em suas redes sociais, Lula definiu o resultado como “fruto do trabalho sério do ICMBio e do compromisso do Governo do Brasil em zerar o desmatamento até 2030”.
O presidente destacou também que o resultado decorre do papel fundamental dos povos originários e comunidades tradicionais, que há séculos protegem e cuidam da floresta em seus territórios.
“Em poucos dias terá início a COP30, onde o Brasil vai apresentar ao mundo uma Amazônia viva, diversa e soberana. Lá, mostraremos que é possível cuidar da floresta garantindo dignidade e oportunidade para quem vive e cuida dela”, escreveu.
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Enfrentamento da crise climática
Para o governo, os números consolidam o papel estratégico das áreas protegidas no enfrentamento da crise climática. Isso porque os ecossistemas preservados absorvem carbono da atmosfera e o armazenam na biomassa e no solo. Ou seja, manter essas áreas preservadas evita a liberação de grandes quantidades de gases de efeito estufa.
Ao comentar a conquista, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) destacou a importância das Unidades de Conservação para a proteção dos biomas brasileiros e da biodiversidade. “Ao manter serviços ecossistêmicos — estabilidade climática e regulação das chuvas —, as UCs beneficiam toda a sociedade e a própria economia brasileira”, ressaltou.
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Desde 2023, o governo brasileiro retomou a política de fortalecimento das UCs federais, com a criação ou ampliação de 14 áreas desde 2023, nos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado, além de áreas marinho-costeiras, somando cerca de 550 mil hectares. Além disso, 59 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) foram criadas neste período.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, também reforçou a posição que o Brasil levará à COP30. “A mensagem que levamos aos chefes de Estado e à sociedade global é simples e firme: investir na criação, ampliação e consolidação das Unidades de Conservação é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar a mudança do clima”.



