O ex-presidente Lula sempre teve o combate à fome como prioridade de seus governos. Como prioridade da sua vida. Para quem viveu e sentiu no corpo a dor da fome enquanto retirante, Lula sabe que a miséria é um problema inadiável. Por isso, exatamente há 15 anos ele entregou ao então secretário-geral da ONU Kofi Annan um cheque destinado ao fundo mundial de combate à fome e à miséria. A luta para que todos os brasileiros tivessem ao menos três refeições diárias teve início no primeiro dia do governo Lula, ainda em 2003.
“Enquanto houver um irmão brasileiro ou uma irmã brasileira sofrendo com a fome, teremos motivos de sobra para nos cobrir de vergonha. É por isso que eu proclamo: vamos acabar com a fome em meu País. Transformemos o combate à fome em uma grande causa nacional, como a criação da Petrobras. Essa é uma causa que pode e deve ser de todos. Deve ser um instrumento para defender o que é mais sagrado: a dignidade humana”, disse Lula no discurso de posse de seu primeiro mandato.
Foi com Lula que o governo passou a investir em políticas que tiraram o Brasil do Mapa da Fome e ajudaram a cumprir o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – reduzir a fome e a miséria pela metade até 2015 – e a meta da Cúpula Mundial de Alimentação – reduzir em 50% o número de pessoas subalimentadas.
Atualmente, no entanto, sob o governo Michel Temer o Brasil sofre com o acirramento da exclusão social e da volta da miséria, com ameaças de retorno ao Mapa da Fome, inclusive. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), 326 mil domicílios deixaram de receber o Bolsa Família em 2017.