Tomou posse no Ministério da Justiça e da Segurança Pública nesta quinta-feira (1) o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, durante solenidade realizada no Palácio do Planalto na presença do presidente Lula, representantes dos poderes da República, governadores, ministros do governo e parlamentares. Ele substitui Flávio Dino, que foi indicado por Lula e aprovado pelo Senado Federal para o STF.
Durante sua fala na solenidade de posse do novo ministro da Justiça, o presidente Lula ressaltou que um dos grandes desafios do Ministério da Justiça será combater fortemente o crime organizado.
“O crime organizado hoje não é coisa apenas de um lugar, da favela, de uma cidade ou de um estado, o crime hoje se transformou em uma indústria multinacional”, afirmou o presidente.
Lula também deixou claro em sua fala que o governo federal e a Polícia Federal não perseguem ninguém. “A PF não persegue ninguém, governo não quer se meter, queremos é construir com governadores e estados a parceria necessária para combater o crime”, disse.
Ainda em seu discurso, o presidente também enalteceu tanto Flávio Dino, que deixa a pasta, como Ricardo Lewandowski, que assume a Justiça.
“Não é em qualquer momento da história que uma nação tem o direito de entregar para a Suprema Corte uma pessoa do Flávio Dino. E não é qualquer momento histórico que uma nação pode entregar, para ser ministro da Justiça, um homem da qualidade do Lewandowski”, afirmou Lula.
Em sua fala, o ministro Ricardo Lewandowski reforçou que dará continuidade ao trabalho executado por Flávio Dino na pasta, e destacou o combate ao crime organizado como uma das prioridades da sua gestão.
“É nossa obrigação, e o povo assim espera, que o Ministério da Justiça dedique especial atenção à segurança pública, que ao lado da saúde é hoje uma das maiores preocupações da cidadania”, afirmou o novo ministro da Justiça.
Ele ressaltou ainda a questão das desigualdades sociais e da exploração humana existentes desde o Brasil Colônia. “É preciso compreender, todavia, que a violência e criminalidade que campeiam entre nós não são problemas novos, são mazelas que atravessam séculos de nossa história, remontando aos tempos coloniais, em que índios e negros recrutados à força desbravavam sertões inóspitos e labutavam à exaustão nas lavouras de cana e de café e nas minas de ouro, prata e pedras preciosas para proveito de uns poucos”, enfatizou.