Recentemente viralizou nas redes sociais uma brincadeira em que as pessoas postavam uma foto de 10 anos atrás e uma atual, o que rendia comentários sobre as mudanças na aparência. Se fizermos a mesma análise sobre o Brasil de 2009 e o de 2019, a comparação é triste.
Em 2009, estávamos no melhor momento do nosso País. A economia crescia, vivíamos o pleno emprego, as oportunidades de educação e qualificação se multiplicavam, éramos respeitados no mundo, a pobreza reduzia de forma consistente e as relações políticas estavam pacificadas. Tudo isso graças à liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, que foi considerado pela revista americana Newsweek, também em 2009, como “o político mais popular do mundo”.
O cenário de 2019 é o oposto. Vivemos uma crise sem precedentes. O desemprego cresce e já atinge mais de 13 milhões de pessoas e o desalento bate recorde. Vivemos em um País marcado pelos conflitos e nossas relações exteriores têm a marca da submissão. O governo que assumiu há 100 dias perde popularidade ao demonstrar despreparo para administrar o Brasil e a tentativa de aprovar uma reforma na qual o peão paga a conta do barão.
Em 10 anos – e especialmente nos últimos quatro – perdemos muito. E um episódio de forma muito especial simboliza o retrocesso: há um ano, o presidente responsável pelo melhor momento da nossa história recente é um preso político, encarcerado sem crime devidamente tipificado no ordenamento jurídico brasileiro e sem provas.
Com a prisão injusta, Lula foi impedido de disputar as eleições do ano passado, na qual ele figurava como líder absoluto em todas as pesquisas. Sem sua presença, foi facilitada a eleição do atual presidente, que chamou para ser seu ministro justamente o juiz que condenou Lula.
Nada disso é coincidência, mas capítulos de um mesmo enredo. Com a principal liderança política do País presa, chegaram ao poder e implantam uma agenda entreguista e que prejudica a população mais pobre. Junto com Lula, prenderam os sonhos e a esperança de milhões de pessoas de uma vida melhor, já provada que é possível, em um passado recente.
Nossa luta por “Lula Livre” é a luta dos inconformados com a injustiça. É a luta de todos que não aceitam o arbítrio e os rompimentos democráticos. É a luta por um Brasil com direitos e dignidade para todas as pessoas.
Artigo originalmente publicado no jornal O Povo