Foto: Roberto Parizotti7 de novembro | 11h03
Petistas como o ex-presidente Lula, o senador Lindbergh Farias (RJ) e deputados federais participaram, neste final de semana, de um ato na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), vinculada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O local foi alvo de uma invasão policial na última sexta-feira (5).
A manifestação foi em solidariedade a estudantes e trabalhadores vítimas da arbitrariedade da polícia, que entrou na escola sem mandado e fez uso de armas de fogo contra os que estavam no local.
Lula destacou que o movimento que articulou o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff e que o persegue no judiciário é mesmo que agora tenta criminalizar os movimentos sociais.
“Vim aqui para me solidarizar e para tentar discutir o que está ocorrendo no país. É hora de construir uma coisa muito forte, não um partido, mas uma unidade da esquerda”, disse ele.
Ele fez um balanço dizendo que “o adversário foi mais competente. Eles fizeram tudo de forma institucional, agora é contra os trabalhadores”.
O senador Lindbergh avaliou que a invasão à escola não foi um fato isolado. Para ele, “não estamos vivendo mais um estado democrático de direito”. “Estamos vivendo um ato de exceção no Brasil”, afirmou.
Segundo o senador, a invasão “é um ataque e criminalização dos movimentos sociais, como o MST. Temos uma justiça seletiva que persegue partidos de esquerda, movimentos populares. Para essa justiça, o PT é uma organização criminosa, o MST é criminoso”.
Ele citou a decisão do STF de cortar salário de servidores em greve sem julgamento e a possível liberação da terceirização que pode ocorrer em outro julgamento no dia 9 de novembro. “Mais do que um ato de solidariedade, aqui é um ato de coragem. Vamos dizer para eles que nós não vamos nos intimidar, vamos denunciar no Brasil e internacionalmente esse novo golpe contra a democracia brasileira. Vamos resistir a restauração do neoliberalismo”.
Também participaram do ato o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e parlamentares do partido como os deputados Nilto Tatto (SP), Paulo Teixeira (SP) e Vicentinho (SP), além do vereador recém-eleito Eduardo Suplicy (SP). Ainda estiveram presentes professores da escola de diversas partes do mundo – como Tunísia, Estados Unidos, Cuba, Marrcos, Venezuela, Canadá, Palestina e Nigéria – e dezenas de representantes de outros movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis e de outros partidos do campo progressista.
Com informações da Agência PT de Notícias
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