Com o início, nesta segunda-feira (27/11), de uma nova agenda internacional, o presidente Lula dá prosseguimento a uma política externa que já produziu resultados importantes para a retomada do desenvolvimento econômico com geração de emprego e renda no país.
Os avanços incluem a recuperação do protagonismo do Brasil no cenário global, a abertura de 65 novos mercados para produtos brasileiros no exterior, recordes na balança comercial e o posicionamento do país como 2º maior destino de investimentos estrangeiros no mundo.
Lula embarca para Riade, na Arábia Saudita, onde, além de contatos bilaterais, participará, na quarta-feira (29), de eventos empresariais com a presença de representantes da Embraer e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil ).
Na quinta-feira (30), Lula estará em Doha, no Catar, onde participará de um fórum com empresários. Na sexta-feira (1º), a agenda do presidente será em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para participação na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 COP-28. Além de representar o Brasil na conferência, falará como presidente temporário do G20, grupo dos 20 países mais ricos do mundo.
A conferência da ONU será uma oportunidade para o presidente reafirmar o compromisso do Brasil com a preservação do meio ambiente, após quatro anos de um governo que incentivou a destruição da Amazônia para beneficiar uma série de atividades criminosas, como o garimpo ilegal.
Outro assunto que deve estar na pauta do presidente é a necessidade de as potências mundiais cumprirem a promessa de financiar projetos ambientais em países em desenvolvimento que têm reservas florestais.
Na COP-28, também deverão ser apresentados os avanços do Brasil na área ambiental, a exemplo da redução do desmatamento na Amazônia Legal, da ordem de 49,7% de janeiro a outubro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. O compromisso com a preservação do meio ambiente tem sido cada vez mais um pré-requisito para a formalização de acordos comerciais entre os países.
Outro país a ser visitado por Lula é a Alemanha. O presidente deve desembarcar em Berlim no dia 3 de dezembro para uma agenda que inclui reuniões bilaterais com lideranças do país europeu, com a possibilidade de assinatura de acordos em diferentes áreas, como preservação ambiental, mudança do clima, bioeconomia, agricultura e ciência e tecnologia.
65 novos mercados
Os contatos de Lula com lideranças estrangeiras têm sido fundamentais para o resgate da imagem e do prestígio do Brasil, após um isolamento que levou o país a ser visto como um pária internacional, durante o governo passado.
Um dos principais resultados dessa política externa é a abertura, neste ano, de 65 novos mercados no exterior para diversos produtos da agropecuária brasileira, como carne bovina, frango e farelo de milho.
Na sexta-feira (24), Lula recebeu, no Palácio do Planalto, a visita de empresários e representantes de associações do setor de proteína animal. O encontro contou com a presença das duas maiores associações de produção de proteína animal, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), da carne bovina, e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), de frangos e suínos, e alguns dos maiores pecuaristas brasileiros.
Na reunião, os representantes do setor agradeceram o trabalho do governo federal em abrir mercados para a produção de proteína animal brasileira. Os empresários citaram também a intervenção do presidente que resultou na liberação de 50 mil toneladas de carne de exportação para a China, que foram bloqueadas no início do ano. Esse esforço incluiu um telefonema de Lula para o presidente chinês, Xi Jinping, na busca de uma solução para o problema.
Recorde na balança comercial
A importância do esforço do governo Lula pela reinserção do Brasil no cenário internacional é refletida também no aumento expressivo das exportações brasileiras, o que leva o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) a estimar que o país vá registrar um superávit comercial recorde de US$ 93 bilhões em 2023.
Dados recentes reforçam essa previsão: segundo o MDIC, nas três primeiras semanas de novembro, o Brasil exportou US$ 17,23 bilhões, o que representa um aumento de 13,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Como as importações totalizaram US$ 11,22 bilhões, a balança comercial registrou superávit de US$ 6,00 bilhões, com crescimento de 76,0% em relação a novembro de 2022.
Esse resultado foi puxado pelo crescimento de 32,2% em Agropecuária, que somou US$ 3,61 bilhões; aumento de 24,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,83 bilhões e, por fim, alta de 2,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 8,72 bilhões.
Já no acumulado de janeiro até a 3º semana de novembro de 2023, em comparação a janeiro/novembro 2022, as exportações cresceram 1,0% e somaram US$ 300,01 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 213,50 bilhões. Como consequência desses resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 86,51 bilhões, com crescimento de 57,3% na comparação com o mesmo período de 2022.
Brasil, 2º maior destino de investimentos estrangeiros
Outro resultado importante da atual política externa é o posicionamento do Brasil como 2º maior destino de Investimento Estrangeiro Direto (IED), atrás apenas dos Estados Unidos, conforme divulgado pelo jornal Valor Econômico em 31 de outubro, em notícia sobre o ranking realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No ano passado, o país estava na 5ª posição.
A entidade internacional, ao registrar que o Brasil atraiu US$ 34 bilhões em IED no primeiro semestre deste ano, considera esse um resultado bastante significativo quando levado em consideração o cenário de enormes incertezas para a economia mundial. Para se ter uma ideia, o fluxo global de IED alcançou US$ 727 bilhões entre janeiro e junho – 30% abaixo do volume registrado no mesmo período do ano passado
Brasil entre as 10 maiores economias
A reinserção do Brasil no mundo é confirmada também por uma nova projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) para este ano, que coloca o Brasil de volta ao 9º lugar entre as maiores economias do mundo, um patamar que não era alcançado desde 2019, antes da pandemia. Em 2022, o país estava na 11ª posição. Durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil alcançou a 6ª posição no ranking das maiores economias mundiais.