Maior empresa do País, Petrobrás lucrou R$ 23,5 bilhões em 2012

Desempenho é 11% maior que o do ano anterior

Símbolo nacional que por pouco não foi privatizada, a Petrobrás anunciou, na tarde dessa terça-feira (25), depois que a bolsa de valores encerrou o pregão do dia, que o conjunto de suas atividades proporcionou um lucro líquido de R$ 23,570 bilhões no ano passado, 11% a mais do que havia lucrado em 2012.

Esse desempenho foi favorável em virtude dos reajustes nos preços do diesel (20%) e da gasolina (11%) no final do ano passado, e também por conta do aumento da produção de derivados, dos ganhos com a venda de ativos e do menor impacto cambial.

De acordo com a Petrobras, a produção de petróleo e gás natural foi de 2,539 milhões de barris de óleo equivalente por dia, ficando 2% abaixo da média anual de 2012. Isso ocorreu por causa do atraso no início da produção de novos sistemas; pelo declínio natural de alguns campos e pela venda de ativos no exterior. No quarto trimestre, a produção cresceu 1% sobre o terceiro.

A empresa informou que cinco novas plataformas entraram em operação e outros quatro sistemas foram encaminhados para o local definitivo. Na área do pré-sal, a produção atingiu recorde diário de produção, de 371 mil barris, no dia 24 de dezembro.

As reservas provadas do Brasil alcançaram 16 bilhões de barris de óleo equivalente, com crescimento de 1,6% em relação a 2012. O índice de reposição de reservas superou 100% pelo 22º ano consecutivo.

Na área de refino, a média de produção de derivados totalizou 2,124 milhões de barris em 2013, 6% acima da média de 2012. Esse resultado mostra que houve sensível diminuição da necessidade de importação de diesel e gasolina.

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, também anunciou ontem o Plano Estratégico Petrobras (PE 2030) e o Plano de Negócios e Gestão para o período de 2014 a 2018. O plano destaca que o ambiente de negócios atual é bastante diferente daquele de 2007, quando se divulgou o plano estratégico anterior. Naquela ocasião, havia o impacto da crise econômica mundial de 2008 e a partir dali surgiram fatos novos na área petrolífera, como o fenômeno do shale gas (gás de xisto), explorado pelos Estados Unidos e que tem contribuído para mudar a geopolítica da energia no mundo. Também se destacam as mudanças do marco regulatório brasileiro com a criação dos regimes de cessão onerosa e de partilha de produção.

Diante desse cenário de mudanças, o Plano Estratégico para 2030 estabelece como premissa fundamental o crescimento da produção de petróleo até 2020, e sua sustentação no período que segue até 2030. A expectativa é atingir uma produção média diária de 4 milhões de barris de óleo por dia, considerando diferentes ritmos de leilões que devem ser realizados pelo governo. A Petrobras estima, com dados de hoje, que a produção própria e de terceiros poderá alcançar a média de 5,2 milhões de barris de óleo por dia no período entre 2020 e 2030.

Na área de refino, com a entrada em operação de alguns empreendimentos, a perspectiva é chegar em 2030 com o refino de 3,9 milhões de barris de óleo por dia, com crescimento da oferta de gás natural.

Com informações da Petrobrás e das agências de notícias

 

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