Mais dois medicamentos passarão a ser ofertados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais e unidades básicas de saúde: a Biotina, indicada para o tratamento de pessoas com deficiência de biotinidase (falta de vitamina H), e o Clobetasol, recomendado contra psoríase (doença de pele que causa descamação e placas vermelhas na pele. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (04/10), no Diário Oficial da União.
A escolha pelo medicamento Clobetasol contra a psoríase foi baseada em estudos de longo prazo com foco nos resultados sobre a efetividade e a segurança das tecnologias. Atualmente, no mercado, existem outros medicamentos usados para a doença, mas, segundo o Ministério da Saúde, eles têm eficácia moderada, riscos altos de infecções e desenvolvimento de outras doenças graves, além de não apresentarem evidências comprovadas de eficácia em um longo período de uso. Além do Clobetasol, o SUS disponibiliza, por oferta de algumas secretarias estaduais de saúde, outros quatro medicamentos para a doença: dexametasona, ácido salicílico, alcatrão e calcipotriol, que agem na melhora das lesões cutâneas.
O remédio será ofertado em duas formas: pomada e xampu. A doença atinge cerca de 2% da população brasileira e aproximadamente 80% dos pacientes afetados podem ser tratados com medicamentos tópicos (usados sobre a pele).
Para os casos mais graves da doença, são ofertados outras opções de tratamento. Ao todo, são sete medicamentos, em 13 diferentes apresentações. São eles: adalimumabe, etanercepte, Infliximabe – financiados e comprados pelo MS – Ciclosporina, Metotrexato, Sulfassalazina – financiados e comprados pelos estados – e o leflunomida.
No caso da Biotina, essa é a primeira opção de tratamento ofertado para pacientes com deficiência de vitamina H. Os sintomas, como perda de força muscular, sonolência, convulsões e falta de equilíbrio, são os sinais clínicos mais frequentes. Pelo tratamento, a vitamina Biotina pode reverter e evitar esses efeitos. Atualmente, estima-se que existam aproximadamente 3.200 pacientes no Brasil com essa doença.
Medicamentos
Em dois anos, o número de medicamentos ofertados pelo SUS, cresceu 47%, saltando de 550 para 810. A relação de medicamentos disponíveis é atualizada a cada dois anos e inclui medicamentos da atenção básica, para doenças raras e complexas, insumos e vacinas.
Os medicamentos estarão disponíveis em hospitais e unidades básicas de saúde em um prazo máximo de 180 dias. As inclusões devem gerar um impacto de R$ 7 milhões no orçamento para assistência farmacêutica básica de 2013.
Com informações do Ministério da Saúde, site PT na Câmara e Agência Brasil