Mais Médicos: 2.117 cubanos chegam aos estados onde vão atuar

Mais Médicos: 2.117 cubanos chegam aos estados onde vão atuar

Grupo atuará em 1.250 municípios, atingindo mais de sete milhões de brasileiros.

Mais de 70% dos profissionais estarão
distribuídos no Norte e Nordeste do País
(MS)

Um novo grupo de médicos cubanos se prepara para chegar às capitais e preencher vagas na periferia que os médicos brasileiros não quiseram ocupar.  A segunda etapa do Programa Mais Médicos levará 2.117 profissionais para atender a população de 1.250 municípios, beneficiando mais de sete milhões de brasileiros. Mais de 70% deles estarão distribuídos no Norte e Nordeste do País. Esses profissionais foram aprovados no módulo de avaliação do programa que cursaram em três capitais – Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE).

Os médicos passarão por uma semana de acolhimento conhecendo a estrutura de saúde dos estados e as doenças mais frequentes da região antes de seguirem aos municípios e distritos indígenas. A partir do dia 9 de dezembro, eles se juntam aos 3.678 profissionais do programa que já estão atendendo a população nas Unidades Básicas de Saúde, totalizando 5.796 médicos em 2.025 cidades. Com o total de participantes, cerca de 20 milhões de pessoas passarão a ter atendimento médico por conta do programa.

Outros 700 profissionais, totalizando os três mil médicos cubanos que desembarcaram no Brasil no início do mês, vão concluir o curso de avaliação na próxima quarta-feira (4) em duas capitais onde estão tendo aulas, São Paulo (SP) e Vitória (ES). Até o fim do ano, serão mais de 6,6 mil profissionais do Mais Médicos em atividade, o que representa impacto na assistência em atenção básica de mais de 22,7 milhões de pessoas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou o embarque de parte dos médicos neste sábado (30), em Brasília. “Com a atuação desses médicos e médicas, já na segunda etapa do programa, nós vamos conseguir atender a todos os municípios do Semiárido nordestino e da Amazônia Legal, entre outras regiões carentes do país, com o Vale do Jequitinhonha e Vale do Ribeira. Em dezembro, quando todos tiveram concluído a avaliação, vamos garantir que todos os municípios prioritários que solicitaram médicos do programa tenham pelo menos um profissional do Mais Médicos atendendo”, destacou.

Dos 2.300 profissionais que fizeram a avaliação na sexta-feira (29), 2.117 foram aprovados, 19 reprovados e 156 ficaram em recuperação e passarão por mais duas semanas de avaliação antes de se deslocar para os municípios. Além desses, dois médicos apresentaram problemas de saúde e voltaram para Cuba e seis ainda aguardam validação de seus documentos para seguir para os estados. A aprovação na etapa de avaliação é condição para emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem o qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.

Distribuição

O Nordeste (1.152) e o Norte (406) são as regiões que mais vão receber médicos do total de 2.117 cubanos. A região Sudeste receberá 247, seguida do Sul, com 200 profissionais e do Centro-Oeste, que receberá 112 médicos.

A distribuição dos médicos cubanos nos municípios segue critérios técnicos, dando igual prioridade às cidades em que é maior a parcela de pessoas dependente completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os médicos cubanos participam do Mais Médicos por meio de acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Somente as vagas não preenchidas por brasileiros e estrangeiros da seleção individual do programa são oferecidas a esse grupo.

Lançado em 8 de julho pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e UBS e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.

 

Com informações do Ministério da Saúde

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