O programa Mais Médicos, criado em 2013, no governo de Dilma Rousseff, levou atendimento de saúde para os rincões mais isolados do País. Além de melhorar a vida das pessoas ampliando de fato o atendimento no interior do Brasil, o programa foi responsável por uma grande economia de orçamento pois, com a evolução na saúde básica, o número de internações no País caiu radicalmente, levando a uma economia do orçamento público.
Essas são as principais conclusões de cerca de 200 estudos que analisaram e mapearam o programa desde a sua criação, conforme noticiou matéria da BBC.
O Mais Médicos foi estudado por 65 instituições, sendo 54 delas universidades. As análises buscaram entender como o governo federal atraiu e fixou médicos em regiões remotas, pobres, violentas e sem infraestrutura adequada ao atendimento da população.
De acordo com a maioria dos trabalhos, o programa conseguiu avanços sociais em diversas áreas, como o aumento do número de consultas, de exames e redução das internações hospitalares evitáveis. Quase 500 cidades saíram do estado de escassez médica – quando há falta de profissionais – e passaram a contar com um atendimento mais humanizado. Outro saldo do programa foi a ampliação das vagas para estudantes e médicos em regiões sem instituições de ensino de Medicina.
Entre os estudos, um dos mais recentes mostra que apenas em 2015 o número de médicos no atendimento básico de saúde evitou 521 mil internações, gerando economia equivalente a um terço do orçamento do programa naquele ano. Realizado como projeto de mestrado da economista Débora Mazetto, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse estudo comparou 2.940 municípios antes e depois do programa.