O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou, nesta quarta-feira (31) que vai aceitar a proposta da comissão de especialistas coordenada que analisa o programa Mais Médicos de aproveitar os dois anos extras de formação dos profissionais como residência médica.
A comissão especial, presidida pelo ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, sugeriu a mudança na proposta original do programa, que previa a ampliação de seis para oito anos do período de graduação em medicina – nos dois anos extras eles teriam de prestar serviços no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Mercadante, com a mudança proposta, os estudantes de medicina não ficariam impedidos de se formar após os seis anos de curso.
Segundo a nova proposta, os médicos recém-formados farão a especialização durante a residência médica, como atualmente, mas, no primeiro ano, a atuação será necessariamente na atenção básica de urgência e emergência de uma unidade do SUS.
De acordo com Mercadante, o governo irá assegurar que, até 2017, todos os estudantes formados em Medicina tenham acesso a bolsas de residência médica.
Segundo a assessoria do Ministério da Educação, quando as bolsas estiverem disponíveis para todos os estudantes de medicina, a residência médica passará a ser obrigatória. De acordo com a assessoria, o ministério ainda não definiu como ficará a situação dos estudantes que optarem por não se especializar.
A obrigatoriedade de prestação de serviços por dois anos no SUS era um dos motivos de crítica das entidades médicas ao programa Mais Médicos, do governo federal.
Com informações da Agência Brasil