O consumo das famílias aumentou 3,2%, no quarto trimestre, ante igual período de 2011. Foi a 37ª alta seguida. A massa salarial subiu 7,9% e as operações de crédito aumentaram 11,4%.
Ministro diz que apesar do PIB baixo crise |
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (1º/03) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, que totalizou R$ 4,403 trilhões. No acumulado do ano, o PIB, que representa a soma da riqueza do País, cresceu 0,9% em relação a 2011 e o PIB per capita, este, por sua vez, indicador da renda das pessoas, encerrou 2012 com elevação de 0,1% e correspondendo ao valor de R$ 22.402,00 por ano. O efeito modesto do PIB em 2012 já era previsto pelo Ministério da Fazenda por causa da instabilidade dos mercados e pela crise de confiança que abalou os países da Zona do Euro, o que prejudicou não apenas a economia brasileira no comércio exterior, mas outras nações também.
Para evitar que a economia brasileira não tivesse um desempenho pior, o Governo Federal adotou algumas medidas chamadas anticíclicas, destinadas a manter a atividade produtiva num ritmo capaz de segurar os empregos internos e gerar renda. O governo desonerou impostos para as empresas, facilitou linhas de crédito para exportação e essas iniciativas e outras contribuíram para que os reflexos da crise europeia não contaminasse o desempenho brasileiro. Por mais que os analistas econômicos teçam críticas ao otimismo que ao longo do ano fora demonstrado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, vale notar que o resultado apresentado hoje indica que as medidas adotadas a partir de julho, principalmente no âmbito do Programa Brasil Maior, ofereceram as bases para que o ambiente econômico e produtivo tivesse melhora no último trimestre de 2012 – o PIB cresceu 1,4% em relação ao último trimestre de 2011 -, sinalizando bom começo para 2013.
“O crescimento de 2012 foi abaixo das nossas expectativas, porém numa trajetória de aceleração, que vai continuar em
Tanto é que da riqueza total do País, o setor agropecuário contribuiu com R$ 196,1 bilhões em 2012; a Indústria com R$ 983,4 bilhões; o setor de serviços com R$ 2.561,2 trilhões; os investimentos em FBCF com R$ 798,7 bilhões; o consumo das famílias teve participação de R$ 2.744,5 trilhões e as compras governamentais com R$ 944,5 bilhões. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, com os efeitos das políticas de desoneração, o PIB da indústria cresceu 0,4%; dos serviços 1,1%, em FBCF 0,5% e o consumo das famílias cresceu 1,2%. Já o consumo do governo cresceu 0,8%.
Outro ponto que demonstra recuperação econômica está na taxa de investimento. Em
Se a oposição havia criticado o lucro menor da Petrobras, a crise europeia e a desaceleração econômica da China prejudicaram o mercado de minérios para todas as empresas que atuam nesse segmento, daí a Vale ter apresentado prejuízo de quase R$ 5 bilhões em 2012.
Comparação
O valor alcançado pela riqueza do País em 2012, equivalente ao Produto Interno Bruto de R$ 4,403 trilhões, corresponde, em termos nominais, a um aumento de 233,56% em relação ao PIB alcançado pelo País em 2002, quando a riqueza nacional era de R$ 1,32 bilhões e o PIB per capita, ou seja, a renda das pessoas, equivalente a R$ 16 mil ao ano. De 2002 até 2012, graças à geração de emprego e pela melhoria da massa salarial dos trabalhadores, o PIB per capita cresceu 37,5%.
Confira o resultado do PIB divulgado hoje pelo IBGE