O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou nesta sexta-feira (14/09) que, embora a projeção de crescimento da economia tenha sido revista de 3% para 2%, a atividade econômica brasileira está em pleno aquecimento neste segundo semestre. “Temos que parar de olhar para trás. A taxa é uma média, que está sendo puxada para baixo por causa do primeiro semestre. Conhecemos os detalhes da economia, acompanhamos vários setores e temos indicadores que apontam para a retomada”, declarou, ao participar de evento da revista Exame na capital paulista.
Entre os indicadores que sinalizam ritmo mais acelerado, o ministro destaca o aumento no volume de crédito, o crescimento da atividade industrial e do comércio varejista. A expectativa do ministério é que no próximo ano o Brasil cresça a uma taxa de 4%. Para o ministro da Fazenda, o conjunto de medidas de estímulo vai permitir crescimento sustentado entre 4% e 5% por vários anos.
Mantega avalia que as ações de estímulo adotadas pelo governo ainda não resultaram em impacto na economia. “Os efeitos vão se dando aos poucos. A redução da taxa de juros, por exemplo, demora de
Sobre as medidas adotadas nesta semana, o ministro explicou que o ambiente atual de pleno emprego faz com que haja aumento do custo da mão de obra, diminuindo a competitividade do setor produtivo brasileiro. “Em outros países, em função da crise, o custo da mão de obra está caindo. A situação do Brasil [em relação a criação de vagas] é boa, mas gera problemas para as empresas”, avaliou.
Ao destacar o conjunto de medidas anticíclicas – abrir mão de receitas e gastar mais em momentos de desaceleração da economia – , Mantega ressaltou os investimentos previstos até 2016 pela Petrobras, da ordem de R$ 240 bilhões. “Esses recursos não vão depender da crise ou da demanda. Dizem respeito a exploração dos ativos petrolíferos”, explicou. Ele ressaltou que esses investimentos irão permitir que o país exporte petróleo. “Independente da crise internacional, a mundo vai continuar consumindo”, aposta.
Com Agência Brasil