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Mapa global de riscos coloca Brasil na “zona vermelha”

Com avanço das vacinações, países preparam reabertura a partir do meio do ano. Gravidade do surto manterá Brasil isolado, apontam especialistas
Mapa global de riscos coloca Brasil na “zona vermelha”

Foto: Agência PT

Isolado do resto do mundo no combate à pandemia, tanto em número de vacinados quanto em infecções e mortes, que crescem semana após semana, o Brasil pode permanecer pelo resto do ano em uma zona vermelha de risco global. Especialistas preveem uma retomada das atividades, com reabertura do comércio e do turismo em diversas regiões da Europa, da Ásia e da Oceania, à medida avançam as imunizações.

“Podemos ter uma divisão por zonas de risco. Por exemplo, o sudeste da Ásia e a Europa serão verdes. Laranja é Índia e parte da África. E vermelho pode ser África do Sul, Brasil e Estados Unidos, onde vemos altas taxas de transmissão e vacinação insuficiente”, afirmou o virologista da Universidade de Leicester, no Reino Unido, Julio Tang, em entrevista à BBC News Brasil. Por essa lógica, o Brasil será um destinado a ser evitado após uma eventual retomada das viagens internacionais em países onde a pandemia estiver sob controle.  

O diagnóstico reafirma a condição de pária internacional do Brasil, resultado da gravidade do quadro sanitário. O país segue pelo 17º dia com aumento da média de mortes, agora em 1.855 óbitos diários, batendo mais um recorde e com taxa 46% maior do que há duas semanas. Desde o início da pandemia, o Brasil soma 11.525.477 casos e 279.602 óbitos por Covid-19. Além disso, 23 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta nas mortes e o sistema de saúde está em colapso.

500 mil mortos
“Se não revertermos essa brutal taxa de crescimento, em julho, chegaremos à marca catastrófica de 500 mil mortos”, advertiu o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, em entrevista ao Opera Mundi. Chioro sustenta que o programa de vacinação em massa deverá ser acelerado com urgência, combinado às medidas preventivas, como isolamento social e uso de máscaras. “No ritmo atual, chegaremos a isso só no segundo semestre de 2022, o que nos deixa reféns ao surgimento de novas variantes”, disse.

Até agora, apenas 4,26% da população foi imunizada, cerca de 9 milhões de pessoas. O Reino Unido, por exemplo caminha na direção contrária. Além de a taxa de transmissão ter caído em dois terços desde janeiro, fruto de um rígido ‘lockdown’, o plano do governo prevê que toda a população adulta deverá receber ao menos uma dose de vacina até o fim de julho.

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