A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou o texto da reforma trabalhista e esquentou os atos de sexta-feira (30), quando trabalhadoras e trabalhadores vão parar em todo o País. Até mesmo um mapa das manifestações já está disponível na internet na página www.euvouparar.com.br, onde também é possível inserir novos eventos.
“As centrais sindicais e movimentos sociais estão convocando uma nova Greve Geral contra Temer e as reformas desse governo corrupto”, diz texto publicado no site. Além disso, as manifestações também vão exigir a saída de Michel Temer da presidência da República e a convocação de eleições diretas.
Estão previstas paralisações de serviços como metrô e ônibus em diversas capitais do País, como Brasília (DF). Em São Paulo (SP), pode haver paralisação parcial das linhas de metrô. Já em Salvador (BA), só 40% da frota de ônibus vai rodar na sexta-feira. Ainda devem parar categorias como professores, vigilantes, bancários, profissionais da área da saúde e dos Correios em todo o País.
Atos públicos também devem marcar o dia 30. Na cidade de São Paulo (SP), a concentração para o ato público tem início às 16h, em frente ao vão livre do MASP, na Avenida Paulista. Depois, tem caminhada até a prefeitura de SP, onde os manifestantes vão denunciar as privatizações do prefeito João Doria.
Senado apimenta greve
Durante a votação da reforma trabalhista na CCJ, parlamentares da oposição se voltaram para as câmeras da TV Senado e convocaram o povo a cruzarem os braços. O objetivo é pressionar senadoras e senadores da base aliada do governo Temer a voltarem atrás na decisão de apoiar a matéria no plenário do Senado – onde, se for aprovada como veio da Câmara Federal, irá direto para a sanção presidencial.
“Queremos falar com os garçons, com os porteiros, com os trabalhadores rurais, com os terceirizados, com muita gente que está aqui, neste Senado Federal, acompanhando essa votação, ansiosa, porque sabe que isso vai mudar a sua vida”, disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ). “Peço a você muita disposição para ir para as ruas, porque, ao final desse processo, nós vamos derrotar esse golpe. E quem ficar aliado a esse Temer e a essa turma vai ser defenestrado das ruas pelo povo brasileiro”, finalizou.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, diz que a pressão popular, greves e a ocupação das ruas podem derrubar as reformas que, se aprovadas, representam o fim da CLT e da aposentadoria, no Congresso Nacional.
“A derrota de Temer na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, antes mesmo de Temer ganhar o título de primeiro presidente denunciado por corrupção pela Procuradoria Geral da República é uma prova do que estou falando”.
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*Com informações da Central Única dos Trabalhadores