A senadora Marta Suplicy (PT-SP) relatou, nesta quarta-feira (13/06), a intenção de apresentar projeto de lei, que ajude a resolver os problemas de mobilidade urbana das regiões metropolitanas brasileiras. A intenção, segundo ela, é criar uma autoridade metropolitana para transporte, que pode ser eleita pela população, com a tarefa de gerir o sistema de transporte urbano nas grandes capitais e cidades vizinhas.
Marta afirmou que a ideia surgiu da experiência americana, apresentada a parlamentares brasileiros durante seminário sobre transporte internacional, realizado
Nessas cidades, sublinhou Marta, a autoridade metropolitana cuida do transporte urbano, com autonomia administrativa e financeira. A medida foi à solução encontrada para hegemonização do sistema, uma vez que as cidades, ao crescerem, acabaram juntando-se umas as outras, mas, apesar de o espaço urbano ser um só, são administrados por prefeituras e governos distintos.
A senadora relatou que a iniciativa americana contou com apoio da população, que acompanha o trabalho das autoridades metropolitanas, dando sugestões e soluções para a mobilidade urbana de cada região. A senadora destacou, por exemplo, que a comunidade concorda em pagar taxas mais altas sempre que um projeto a beneficia diretamente, como no caso da ampliação de uma linha do metrô ou de intervenções viárias que melhorem o acesso a um comércio.
“Estamos muito atrasados ainda na solução para o sistema de transporte urbano. Temos de começar a ter uma proposta clara sobre o assunto. Vou fazer essa proposta, com bastante estudo, conversando com ministérios, com governadores e especialistas, para que possamos pensar esse século
Marta ainda lamentou que governantes de algumas cidades brasileiras ainda não tenham acordado para a necessidade de realizar melhorias no transporte para as 39 regiões metropolitanas existentes no Brasil, onde, de segundo Marta, moram mais da metade da população brasileira.
“Nós temos que começar a pensar o futuro porque o presente já está muito ruim nessas cidades metropolitanas. Já crescemos desordenadamente, não tivemos planos diretores decentes nem obedecidos, quando existiam, como na cidade de São Paulo, que tem um plano diretor feito há dez anos, não havia plano diretor há 25 anos quando esse foi elaborado, e está lá para ser executado. Não foi executado”, apontou.
Com informações da Agência Senado