A senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora da Subcomissão sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), afirmou, nesta quinta-feira (22/03), que a simples alteração no índice que corrige as contas remuneradas não é a melhor alternativa para tornar o Fundo mais atraente para o trabalhador brasileiro.
Segundo ela, se as contas forem corrigidas, o trabalhador que recorre a esses recursos para financiar a casa própria terá que arcar com taxas maiores de correção de seus empréstimos.
Marta Suplicy propõe como solução a aprovação sua proposta de distribuição dos lucros das contas vinculadas diretamente entre os trabalhadores. “Você deixa o patrimônio do Fundo e aquele lucro que o Fundo tem dos empréstimos e tudo mais ele passa a ser mais de 50% distribuído para o trabalhador no final do ano, na mão dele”, sugeriu.
“Esse é um dos projetos que estamos analisando. E há outros projetos que querem ampliar o fundo: para permitir que seja retirado para pagar universidade de filho, para pagar isso, pagar aquilo. Tudo isso tem que ser analisado”, alertou.
A subcomissão do FGTS realizou, nesta quinta-feira, o primeiro dos 12 debates previstos. “Essas audiências serão, primeiro, para ouvir os próprios membros do conselho curador, porque afinal de contas são os que estão lá e mais entendem desse recurso”, disse.
Giselle Chassot
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