Medo do desemprego é o menor em 15 anos

O medo do desemprego, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu o menor nível desde maio de 1996, quando a CNI começou o levantamento.

Em setembro, o indicador recuou 3,9% na comparação com a pesquisa anterior, de julho, e 2,9% em relação a setembro de 2010.

De acordo com a CNI, as baixas taxas de desemprego divulgadas recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — que apontou desocupação de 6% em agosto—melhoraram a percepção sobre o mercado de trabalho. Outro fator apontado pela entidade foi a proximidade do fim do ano, época marcada por contratações temporárias pela indústria e pelo comércio para atender o aumento de demanda gerado pela proximidade do Natal.

Otimismo
No mês passado, 57% dos brasileiros declararam não ter medo algum do desemprego, o maior percentual detectado até agora. Em julho, a parcela da população que disse não ter qualquer medo do desemprego era de 53,6%. A proporção de pessoas que informaram ter muito medo de serem demitidas atingiu 12,8%, o menor percentual da série e os com pouco medo de perder o posto de trabalho caiu de 31% em julho para 30,2% em setembro. A pesquisa é consolidada pela CNI com base em levantamento do Ibope.

Terceirizados
Um outro estudo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostra, no entanto, que a terceirização de empresas fragilizou a qualidade do emprego no país.

Entre essas fragilidades está o fato de que os assalariados terceirizados ganhavam, em dezembro do ano passado, 27,1% menos do que os empregados diretos.

Enquanto nas empresas terceirizadas quase a metade dos contratados (48%) estava nas faixas de um a dois salários mínimos, nas empresas contratante dos serviços o percentual ficou em 29%.

Além disso, a jornada semanal de trabalho nas terceirizadas supera em até três horas a do contrato direto. Se houvesse uma equiparação, alerta o estudo, seriam gerados no pais mais 801,3 mil vagas. Além disso, a rotatividade entre os terceirizados também é maior, informa o documento, com 44,9% ante 22% do regime contratual direto.

Do total de 42,6 milhões de empregos formais, 10,8 milhões ocorrem por meio da terceirização.

Agência Brasil

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