Melhora na nota de risco aprova política econômica, diz Viana

A elevação da nota de risco do Brasil pela agência Standard & Poor´s (S&P), disse o senador Jorge Viana (PT-AC), em pronunciamento no plenário do Senado, na última sexta-feira, comprova a saúde econômica do país e a confiança conquistada internacionalmente pela política econômica do governo. “O Brasil está sendo promovido enquanto o mundo está sendo rebaixado”, frisou o senador, lembrando que o desempenho positivo do país é ainda mais notável por estar sendo registrado num cenário de grave crise internacional, iniciado em 2008.

“De 2008 para cá, a crise econômica mundial afeta o mundo inteiro. São pouquíssimos os países que conseguem sair desse cenário de pessimismo, de diminuição de PIB, de desemprego, de queda na atividade econômica”, afirmou Viana, que considera o atual cenário como uma comprovação de que o modelo adotado pelos Estados Unidos e pela Europa não está dando certo. Enquanto isso, ressalta o senador acreano, “o Brasil é hoje a maior referência mundial de crescimento com inclusão”.

Mão e contramão

Jorge Viana solicitou que fossem registrados nos Anais do senado os artigos publicados nos jornais O Globo, a Folha de S. Paulo e Estado de São Paulo tratando da elevação da nota de risco do Brasil pela Standard & Poor’s, assim como a nota oficial emitida pelo Ministério da Fazenda sobre o assunto.

O senador explicou que a decisão da agência internacional é “um reconhecimento importante, porque muda a avaliação externa em relação ao Brasil. Esse rating, que é o ranking que estabelece a confiança do mercado, leva em conta a capacidade de os países saldarem seus compromissos financeiros. É como se o nosso País estivesse na mão e o resto do mundo na contramão”.

Brasil aprovado

Na última quinta-feira, a Standard & Poor’s elevou a avaliação do risco soberano e de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB. E o risco de longo prazo da moeda do Brasil passou de BBB+ para A. “Saímos de uma situação de média confiança para média e alta confiança”, explicou Jorge Viana, lembrando que a mesma S&P havia conferido grau de investimento ao país em plena crise de 2008.

Para publicar uma nota de risco, os especialistas dessas agências internacionais avaliam, a situação financeira do País, a condição do mercado mundial e a opinião de especialistas da iniciativa privada, fontes oficiais e também de pessoas ligadas à academia. “Enquanto os outros países estão sendo reprovados do ponto de vista econômico, o Brasil está sendo aprovado.

Quebra de paradigma

Jorge Viana considera que a solidez da economia brasileira é resultado da política iniciada no governo do presidente Lula — e que continua sendo seguida pela presidenta Dilma — de apostar em crescimento com inclusão social. “O Presidente Lula deu uma lição para o mundo. Seu governo já entrou para a história, por ter conseguido conciliar crescimento e desenvolvimento, que é o sonho de consumo dos governos do mundo”.

O senador reconheceu a importância da estabilidade da moeda, alcançada durante o governo FHC, mas lembrou que a tônica histórica da gestão econômica, no Brasil, era “primeiro fazer a economia crescer para depois distribuir” a riqueza e a renda. Foi a quebra desse paradigma, iniciada nos governos petistas, que teria oferecido as condições para a nova realidade vivida no país.

Desempenho acreano

Para Viana, “é hora de parar de fazer discurso velho para um momento novo”, de criticar tudo e não “não reconhecer as coisas boas, positivas que, graças a uma política adequada, o Partido dos Trabalhadores, com a ajuda de forças políticas importantes que compõem esse Governo de coalizão, o Brasil está alcançando.

Jorge Viana lembrou, ainda, que quando exerceu o governo do Acre, sempre teve como compromisso de honra, “do primeiro dia ao último, cuidar das finanças do Estado, resgatar o crédito do Acre, pagar as contas, pagar bem o salário de servidores e, especialmente, fazer uma gestão eficiente, planejada dos recursos públicos”.

O estado, hoje, é referência de gestão financeira. “O Acre hoje tem crédito, a sua dívida é bem mais baixa do que a média brasileira e que poderia acessar até mais recursos de crédito”, atestou o senador.

Por fim, Viana chamou a atenção para a discussão do Orçamento 2012, conclamando os senadores a centrar esforços nesse debate para que dele resulte uma peça capaz de fazer frente aos desafios. “O Orçamento é um forte instrumento de inclusão social, de diminuição das desigualdades e de desenvolvimento”.

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