Os sucessivos cortes em investimentos patrocinados pelo golpe de Estado estão promovendo um desmonte sem precedentes na economia do país. “Os investimentos públicos estão no menor patamar dos últimos dez anos, o que pune principalmente o setor da construção civil e contribui para puxar o PIB (Produto Interno Bruto) para baixo”, noticiou o jornal Folha de S. Paulo no final de semana. Para atender aos bancos, o governo golpista reduziu para 16,3 bilhões os investimentos nos primeiros sete meses do ano, aproximadamente R$ 10 bilhões menos do que o verificado no mesmo período de 2016.
Os cortes do governo golpista resultam no menor volume de investimentos de valor desde 2008, quando o Tesouro Nacional passou a acompanhar os números do setor, com dados corrigidos pela inflação. Um dos setores mais atingidos é o da construção civil, em que os investimentos com obras, conservação de estradas e Minha Casa, Minha Vida já despencaram em cerca de 40%. Com a priorização do sistema financeiro, o governo ameaçou cortar ainda mais os investimentos nas obras do PAC, já duramente afetados pela política de arrocho fiscal.
A política de cortes tem sido duramente criticada pela bancada do PT no Senado Federal, que alerta para a necessidade de se adotar uma política anticíclica para combater a crise econômica, como fez Lula. “Ao cortar investimento público o governo mergulha a economia em um ciclo vicioso; a arrecadação diminui, o deficit público aumenta e a economia continua estagnada”, alerta o senador e líder da bancada do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ). Aliado a essa política desastrosa, o governo também aposta na privatização dos bancos públicos, reduzindo ainda mais a capacidade de investimento na economia.