Meu querido presidente – artigo da senadora Fátima Bezerra no Brasil 247

Hoje amanheci o dia participando da missa na igrejinha de pedra, na praia da Redinha, e fiz uma oração especial pedindo a Deus que dê força espiritual ao presidente Lula e à dona Marisa diante de tantos ataques covardes e sórdidos. Esses ataques têm origem em uma elite mesquinha, predatória, de tradição autoritária e arrogante, que nunca se conformou com um nordestino – que assim como nós, a maioria do povo brasileiro, não nasceu em berço de ouro e passou por todo o tipo de dificuldade – chegar à presidência da República.

Esse brasileiro deixou como herança o legado de inclusão social e do combate às desigualdades. Mesmo que salte aos olhos tantos avanços, há quem, até hoje, não aceite essa nova Era. A quem interessa a volta a um passado onde nascer em berço de ouro era o único passaporte para a garantia de um futuro digno e promissor? Ainda bem que a maioria do povo brasileiro acordou e campanha nenhuma, ataque nenhum, mídia conservadora nenhuma vai destruir esse legado.

A celebração que assisti hoje foi dedicada especialmente aos pescadores e, mais uma vez, impossível não lembrar do senhor, do quanto seu Governo foi sensível aos pescadores e aos marisqueiros, retirando-os da invisibilidade através de políticas públicas adotadas para o setor da pesca. Foram tantas as conquistas nas mãos de um homem que dedicou a sua vida à luta pela justiça social, à defesa do povo mais sofrido, dos historicamente deserdados por uma elite que os enxergava somente para dizer “sim, senhor”, para ser massa de manobra.

As mesmas pessoas que serviam como meros expectadores dos rebentos da Casa Grande, quando estes faziam seus cursos técnicos, cursos superiores, quando viravam doutores.

Pois eis que a história, a luta, fez brotar o senhor e o PT, e essa realidade começou a mudar radicalmente. É isso que eles não suportam, não perdoam… Como explicar que os filhos do povo, seguindo sua trajetória, ousaram tanto? Como explicar que uma pessoa como eu, professora, migrante nordestina, paraibana de origem humilde – adotada com muito orgulho pelo povo potiguar, que me fez generosamente deputada estadual, deputada federal e a primeira senadora de origem popular do Estado – senão a existência de um partido como o PT e junto com ele seu carisma e sua liderança, presidente Lula…

Como disse o senhor, corajosamente, naqueles tempos de enfrentamento à ditadura: “ninguém ouse mais duvidar da capacidade de luta das classes trabalhadoras…”. Hoje, nós dizemos também com toda a firmeza e convicção: somos todos seus filhos, seus companheiros, na ousadia, na utopia, no sonho acalentado no peito, na raça e na luta para esse país caminhar. Não aceitaremos o passado de exclusão, de retrocesso. Daremos, sim, passos firmes rumo à Pátria Educadora, generosa, inclusiva, solidária para todos os seus filhos e filhas.

 

2018 lhe espera, querido presidente. Meu abraço afetuoso para o senhor, dona Marisa, filhos e filhas.

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