Foi num clima de festa, de afetividade e até de religiosidade – manifestado em um ato ecumênico – que a cidade de Curitiba recebeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (10). Milhares de pessoas se deslocaram até a capital do Paraná, a maioria de ônibus, saindo de vários pontos do país. Desde segunda-feira um grande acampamento foi montado no centro da capital para abrigar aqueles que queriam estar hoje próximos ao ex-presidente que prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro.
De Curitiba, o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), manifestou satisfação com o comparecimento de mais de 30 deputados da bancada do PT na Câmara, muitos outros de partidos de Oposição e vários senadores e governadores.
Lembrou Zarattini a importância da manifestação popular em defesa de Lula e da democracia uma vez que “ela está sendo duramente atacada pelos procedimentos da Lava jato que não estão respeitando as garantias constitucionais e a legislação vigente, com o único objetivo de perseguir Lula e impedir que ele seja candidato à presidência da República”, disse.
“Temos que resistir denunciando, mostrando cada medida tomada por esses algozes, porque eles não são juízes. Cada vez fica mais evidente o objetivo de tirar Lula da disputa presidencial. A gente sabe que apesar de todos os ataques proferidos contra o PT e o presidente Lula, desde 2005, apesar disso, o PT é o partido mais querido do Brasil”, resumiu.
João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), definiu o sentido do acampamento montado na cidade junto com a Frente Brasil Popular: “Estamos travando aqui em Curitiba mais uma batalha pela democracia e pelos direitos do povo trabalhador”.
Foi do acampamento, no início da noite de terça-feira, que uma marcha com tochas e velas seguiu em direção à catedral de Curitiba onde deu-se o ato ecumênico em defesa da paz, da democracia e dos direitos.