Ministro da Fazenda avisa que não vai aceitar demissões na GM

Segundo Assessoria de Imprensa, Mantega não vai “tolerar o descumprimento do acordo de não demissão nos setores beneficiados pela redução do IPI.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que “não vai tolerar o descumprimento do acordo de não demissão nos setores beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)”. A informação foi dada pela Assessoria de Imprensa do Ministério da Fazenda, nesta sexta-feira (03/08).                        

O recado foi dado um dia antes da reunião entre representantes da General Motors (GM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, previsto para este sábado (04/08), com o intuito de discutir eventuais demissões oriundas do fechamento do setor MVA (Montagem de Veículos Automotores) na cidade – que teria como consequência o fechamento de 1.500 postos de trabalho.

Este ano, o Governo reduziu IPI para veículos e a linha branca (fogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar), mas os benefícios para o setor automobilístico estão prestes a encerrar no dia 31 de agosto.

Ontem, oito fábricas da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) permaneceram paradas. Os cerca de 7.200 metalúrgicos decidiram cruzar os braços em protesto contra a possibilidade de demissões. Os trabalhadores fizeram também uma manifestação na Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro.

Na última quinta-feira (02/08), Mantega já havia se reunido com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Bellini. No mesmo dia, ele avisou que o Governo não cogitava a prorrogação das isenções. O ministro também se encontrou com representantes da GM, e avaliou que empresa estaria realizando mais contratações do que demissões – e que, portanto, estaria cumprindo o compromisso com o governo federal de manter o nível de empregos.

A presidente Dilma Rousseff, já havia reclamado publicamente das eventuais demissões em setores favorecidos pelo IPI baixo autorizado pelo governo.

Em maio, o tributo foi reduzido para proporcionar melhores condições para a indústria em meio à crise financeira internacional – que tem derrubado as previsões de crescimento de todas as economias. A redução do IPI proporcionou recordes nas vendas em junho e julho. O benefício vale até o fim de agosto. Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o tributo reduzido não deve ser prorrogado. Entretanto, como a produção industrial ainda não mostrou uma reação mais forte, analistas não descartam uma nova prorrogação.

Com informações das agências online

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