Mobilidade: Dilma continua os pactos em resposta às ruas

A presidenta anunciou R$ 2,6 bi para a linha 3 do metrô da capital fluminense.

Mobilidade: Dilma continua os pactos em resposta às ruas

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“Um governo tem de ser medido pela obra que
faz, se ela beneficia ou não as pessoas”

Governo reforma investimentos na infraestrutura do transporte urbano

A relação direta entre um transporte público eficiente e a garantia do direito de ir e vir dos brasileiros atribui aos investimentos em mobilidade urbana o rótulo de prioridade governamental. Só nos últimos 10 anos já foram disponibilizados R$ 21,6 bilhões em projetos de melhoria do trânsito caótico dos grandes centros. E nesta quarta-feira (11) outra importante medida foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff durante sua passagem pelo Rio de Janeiro: o Governo irá aplicar R$ 2,6 bilhões nas obras para implantação da linha 3 do Sistema Metropolitano da capital fluminense.

Os recursos liberados, por meio do Ministério das Cidades, fazem parte das rubricas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Do valor a ser repassado, R$ 2,57 bilhões serão usados na obra do monotrilho para o trecho Niterói-São Gonçalo-Itaboraí. Os R$ 65 milhões restantes serão para a produção de projetos e estudos de obras nos municípios do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.

Em seu discurso, Dilma ressaltou que “tamanho do investimento só na fase do projeto”, cuja dimensão da linha é de 22 km e deve beneficiar 1,8 milhão de pessoas. “São 22 km dessa linha. Lembro que tem muitas cidades não tem proporcionalmente essa quantidade de km, se considerar a população”, observou a presidenta. “A quantidade de pessoas beneficiadas: 1,8 milhão de pessoas. Um governo tem de ser medido não se a obra gasta tanto de tijolo, de ferro, se ela é bonita ou não. Um governo tem de ser medido pela obra que faz, se ela beneficia ou não as pessoas”, completou.

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Os recursos fazem parte dos R$ 50 bilhões
anunciados pela presidenta Dilma – 1,8 milhão
de pessoas

 

Projetos

Os recursos fazem parte dos R$ 50 bilhões anunciados pela presidenta Dilma Rousseff, no mês de junho, para novos investimentos em mobilidade urbana no país. A prefeitura do Rio de Janeiro receberá R$ 50 milhões para fazer o planejamento das obras da fase dois do BRT Transbrasil para o trecho Deodoro-Santa Cruz. Esta obra completará a primeira fase, que liga o Centro à Deodoro pela Avenida Brasil.

Outro projeto será para construção de 17 km de BRT Ligação B até o BRT Transoeste em Guaratiba. São Gonçalo vai receber R$ 9 milhões também para produção de projetos. Um deles será para o sistema viário e ciclovia que serão construídas em paralelo ao monotrilho Niterói-São Gonçalo-Itaboraí. O outro para a construção de 20 km de corredor de ônibus.

A presidenta também anunciou investimento de R$ 1,5 milhão para a prefeitura de Duque de Caxias fazer o estudo de viabilidade técnica e econômica das obras de VLT e BRT. O VLT fará o trecho de 22 km entre o Centro e Santa Cruz da Serra. O BRT ligará os 20 km entre Gramacho e Imbarié.

A prefeitura de Nova Iguaçu será beneficiada com R$ 4,5 milhões para a produção de projetos. Um deles será para construção de 20 km de corredor de ônibus que fará a continuidade da Via Light executada pelo governo do estado. O outro projeto será para a construção de mais 8 km de corredor de ônibus para o trecho Centro-Dutra-Eixão Leste/Oeste.

PAC Mobilidade
Nos últimos dez anos, a frota de veículos do País dobrou, chegando a 60 milhões de unidades. Reflexo das políticas do governo federal, que trabalha com um incentivo à compra de carros – a fim de aquecer a indústria e criar empregos – e a redução do fluxo de veículos nas ruas, a partir da melhoria do transporte coletivo, por meio do PAC Mobilidade. O programa vai repassar R$ 18 bilhões para ampliar os serviços de transporte público nas regiões metropolitanas do País.

Ao todo, estão previstas 167 obras e melhorias em corredores de ônibus, serviços de Bus Rapid Transit (BRT), metrô subterrâneo e de superfície, balsas; além de ampliação e construção de novas vias e pontes em mais de 100 cidades em todo o Brasil.

O programa também viabiliza a expansão de créditos subsidiados para renovação de frotas de transporte. A administração destas verbas é feita pelo Conselho Nacional de Transporte Coletivo e por conselhos municipais e metropolitanos para transporte. Existem também audiências públicas para discutir planilhas de custos para redução de tarifas com publicação das planilhas na internet.

Além das capitais e cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, também serão contempladas zonas metropolitanas de até 700 mil habitantes pelo PAC Mobilidade Cidades Médias e grandes zonas metropolitanas através do PAC Mobilidade Grandes Cidades, ambos ainda em fase de contratação e elaboração dos projetos. Até o momento, não houve inaugurações de obras nestes programas.

Com agências de notícias

Foto: Presidência da República

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