A pressão para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal para investigar o Ministério da Educação (MEC) continua nesta semana. Senadores de oposição e da Bancada do PT mantém a mobilização para coletar as assinaturas necessárias.
Também a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) está promovendo ampla campanha de denúncia dos escândalos do governo de Bolsonaro e para garantir o apoio dos senadores.
Diante das denúncias envolvendo corrupção, “escolas fake” e tráfico de influência para a distribuição de recursos para a educação no país, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou o pedido de abertura da CPI na última sexta-feira, 8. Desde então, a pressão para a CPI cresce.
Recentemente, o jornal O Estado de S. Paulo denunciou a existência de um gabinete paralelo para a obtenção de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Dias depois, a Folha de S. Paulo divulgou áudio no qual Milton Ribeiro afirmava que priorizava as indicações feitas pelo pastor Gilmar porque esse era “um pedido especial que o presidente da República fez”. O resultado do escândalo foi a queda do ministro Milton Ribeiro.
Escolas fake
As mentiras de Bolsonaro não têm limite quando o foco são os infinitos desmontes do que o povo brasileiro já havia conquistado nos governos do PT. Controlado pelo ministro Ciro Nogueira (senador licenciado, do PP-PI) e com o aval do FNDE, o governo federal autorizou – mesmo sem orçamento previsto – a construção de novas unidades escolares e abandonou as obras anteriores no meio do caminho.
Apesar de faltar recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o esquema de “escolas fake” precisaria ter R$ 5,9 bilhões do FNDE para tocar todas as novas escolas contratadas e autorizadas por Bolsonaro, o que levaria 51 anos para ser entregue devido ao orçamento real e atual.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) enfatiza a falta de estímulo do governo de Bolsonaro para promover ações civilizatórias no patrocínio de formação de pessoas.
“O MEC virou um antro de antipolítica educacional, um antro fascista ao extremo, preconceituoso, ou seja, o lugar que deveria patrocinar a formação das pessoas, que deveria estimular as ações contra preconceitos de todos os tipos, que deveria ser o polo difusor de um processo civilizatório mais consistente, é o lugar mais anticivilizatório do governo Bolsonaro”.
Campanha para instaurar a CPI
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e parlamentares da Câmara e do Senado promovem uma campanha de divulgação dos escândalos do governo de Bolsonaro para a educação brasileira e assim conseguir instaurar a CPI.
O presidente da CNTE, Heleno Araújo, divulga a campanha para promover as assinaturas e instaurar a CPI. Ouça aqui.
“Não podemos aceitar de forma nenhuma que mais um ato de corrupção dentro do governo de Bolsonaro e do MEC passe impune”.
Quem defende a Educação não teme investigação!
As denúncias de corrupção e os crimes contra a educação que envolvem o MEC precisam ser apuradas.
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(Com informações do O Estado de S. Paulo e da Folha de S.Paulo)