Monitoramento evitou desastre ainda maior no Rio e em Minas

No início deste ano, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante,  despertou os governadores de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, por volta das 6 h da manhã. Ele acabara de receber informações do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), localizado em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, em São Paulo, dando conta de que várias regiões de ambos os estados estavam sob risco de desastres ambientais causados pelas fortes chuvas.

Esse foi o momento mais importante do Cemaden, implantado em julho do ano passado, com a missão de receber e analisar informações hidrometeorológicas e imagens de diversas fontes de sensoriamento. O centro, que fica no campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), opera em tempo integral desde dezembro com uma equipe de cerca de 80 técnicos e engenheiros formados em Geologia, Hidrologia, Meteorologia  e outros especialistas em desastres naturais, cuja missão principal é analisar as informações e emitir alertas sobre a iminência de deslizamentos, enxurradas e inundações em quatro níveis de risco: leve, moderado, alto e muito alto.

Também são as informações do Cemaden que subsidiam o Sistema Nacional de Defesa Civil.

Mobilização, para a mobilização urgente de equipes de socorro e de salvamento.

 “O governo está muito mobilizado em torno dessa questão e há um reconhecimento muito grande de prefeitos e governos quanto à qualidade do trabalho da previsão de desastres naturais que estamos fazendo”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, que qualifica o Cemaden  como “muito útil para orientar a defesa civil”.

Neste momento o foco principal do monitoramento do centro está nas regiões Sul e Sudeste, por causa das chuvas deste período, mas a cobertura dos alertas abrange todo o País. “Tivemos na semana passada uma grande inundação em Rio Branco (AC), e isso foi monitorado e alertado”, exemplificou o ministro. “Daqui a pouco deslocaremos toda a nossa capacidade de observação para o leste do Nordeste (por conta da estação chuvosa, de abril a agosto)”.

Alertas – O ministro identificou, entre as prioridades para o aperfeiçoamento do sistema de alertas, o detalhamento das áreas de risco, com base no levantamento geotécnico, e o aumento na capacidade de previsão de desastres com a instalação de novos pluviômetros. “Precisamos criar uma cultura de prevenção, utilizar a ciência e a inteligência para salvar vidas, como já estamos salvando”, concluiu.

(Com informações da Secom – Em Questão)

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