Monitoramento mostra queda de 49% no desmatamento na Amazônia

 

Monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado nesta quinta-feira (02/08) pelo Ministério do Meio Ambiente, mostra que o desmatamento na Amazônia Legal caiu 49% entre abril e julho de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 12 meses, a redução foi de 23% – 2,04 mil quilômetros quadrados foram desmatados. Com isso, quase 700 quilômetros quadrados foram poupados na comparação entre os períodos avaliados.

O Sistema de Monitoramento em Tempo Real (Deter), mostrou que, com exceção de Roraima, todos os estados da região mantiveram ou reduziram a taxa de desmatamento local. O Maranhão foi o estado que registrou a maior queda de desmatamento (67%), seguido pelo Amazonas com 45% menos áreas devastadas e pelo Acre e pelo Pará, onde a derrubada de árvores reduziu em 42% em cada estado.

Para a ministra Izabella Teixeira, os números mostram “o resultado da robustez nas políticas e estratégias de monitoramento”. No ano passado, o Pará foi responsável por quase 47% do desmatamento.

De abril a julho, o alerta de desmatamento e degradação atingiu uma área de 650,3 km2. Desse total, 232,6 km2 foram verificados em abril, 97,5 km2 em maio, 107,5 km2 em junho e 212,7 km2em julho. Toda esta área equivale a 36 vezes o tamanho do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Nos quatro meses de 2011, a devastação registrada no bioma foi de 1.282,99 km² (uma área maior que cidade do Rio de Janeiro).

No mês passado, dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes) também indicaram, entre agosto de 2010 e julho de 2011, uma redução de 8% no desmatamento em comparação com o período anterior. Os dados mostraram que a Amazônia Legal teve 6,4 mil quilômetros quadrados de sua área desmatada entre agosto de 2010 e julho de 2011. Segundo o INPE, essa é a menor taxa de desmatamento registrada na Amazônia Legal desde que o Inpe começou a fazer a medição, em 1988.

Estados

O Deter revelou que o desmatamento da região amazônica aumentou apenas em Roraima, com acréscimo de 218% no período 2011/2012. O estado contabilizou 56 mil quilômetros quadrados de áreas devastadas, enquanto entre agosto de 2010 e julho de 2011, a área desmatada somava 18 mil quilômetros quadrados.

“Roraima tinha números absolutos com explosão do desmatamento. O estado agora está indicando tendência de queda”, avaliou Izabella Teixeira. Apesar do otimismo, a ministra explicou que os dados do Deter indicam apenas uma tendência. “Não podemos afirmar que vai reduzir o desmatamento, mas é um indicativo”, disse ela, acrescentando que, ainda assim, os números apontam “redução expressiva e sinalizam um caminho de perspectiva e ainda com baixíssima cobertura de nuvens.”

Mato Grosso foi o estado que registrou maior redução na devastação entre 2012 e 2011. Segundo o Deter, MT foi responsável pela perda de 311,84 km² de floresta entre abril e julho (178 km², 34,32 km², 47,68 km² e 51,52 km²respectivamente) — queda de 50% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2011, uma intervenção do Governo Federal montou um “gabinete de crise” no estado em função do ritmo intenso de degradação da vegetação.

O Pará foi responsável por derrubar 187,82 km² de vegetação, sendo que em julho houve o maior índice, 92,98 km², sendo o estado que mais desmatou a floresta amazônica no último mês analisado. Rondônia vem em seguida, com 91,61 km².

Com agências onlines e site do INPE

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