Sem credibilidade

Sérgio Moro desmente revista Veja sobre condução coercitiva de Lula

Juiz de primeira instância no Paraná diz ser mentira informação publicada pelo semanário, de que foram vazadas imagens da condução coercitiva e ilegal de Lula para depor na PF
Sérgio Moro desmente revista Veja sobre condução coercitiva de Lula

Foto: José Cruz/Agência Brasil/CP

O juiz de primeira instância Sérgio Moro proferiu decisão na última sexta-feira (24) afirmando que não acredita em informação publicada pela revista Veja no dia 3 de fevereiro deste ano. A reportagem do semanário diz respeito ao suposto vazamento de imagens gravadas pela PF da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida em março do ano passado.

A matéria afirma: “VEJA teve acesso à íntegra da gravação, feita por câmera digital de um agente da PF. Ao abrir a porta, Lula estava vestido para ir à academia e pergunta: “Não trouxeram o japonês de Curitiba?”. Um policial responde que não. Lula diz: “Ainda bem. Capaz de ele roubar as minhas coisas aqui em casa”.

Para Moro, porém, não há motivos para crer na veracidade da publicação da revista. Segundo o juiz de primeira de instância do Paraná, “não consta que qualquer gravação efetuada durante a diligência de condução coercitiva tenha sido disponibilizado (sic) à produção do filme ou a qualquer veículo de imprensa. Se o último fato tivesse ocorrido, aliás, provavelmente tais imagens já teriam sido publicizadas”.

Assim, em proferimento oficial, Sérgio Moro desmente a revista Veja. Ou seja, a considerar verdadeiro o que diz o juiz de primeira instância, o semanário inventou a seus leitores que houve vazamento de gravações sigilosas feitas pela PF na residência de Lula, o que jamais teria ocorrido.

A afirmação de Moro em questão se deu como resposta a petição da defesa de Lula que reclamava o vazamento de imagens de sua condução coercitiva que, de acordo com ordem do próprio juiz Moro, não deveriam ter sido gravadas.

Ao fim de seu despacho, o juiz paranaense intima a Polícia Federal a esclarecer se a revista está efetivamente mentindo, ou se a ordem de Moro de não gravar e vazar a condução coercitiva foi descumprida, como afirma Veja.

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