“Apresentamos pauta que dialoga diretamente com a questão da terra, do desenvolvimento do território e da produção de alimentos na reforma agrária popular”, afirmou o membro da direção nacional do MST, Alexandre da Conceição. Segundo ele, Dilma se comprometeu a discutir as propostas.
Os representantes do MST avaliaram que no segundo governo, Dilma terá maior comprometimento com as pautas para o campo. Durante os governos Dilma e Lula, foram assentadas 771 mil famílias em 51 milhões de hectares para fins de reforma agrária. Os beneficiados também passaram a ter benefícios como assistência técnica, construção e reforma de moradias, abertura de estradas, instalação de água e luz elétrica, sementes de alta qualidade genética, garantia de venda da produção e ampliação dos níveis de escolarização.
Para a dirigente do MST Rosane Fernandes, o encontro foi importante para abrir o diálogo não só com a entidade, mas com todos os movimentos sociais.
“Saímos bastante animados desta audiência, mas sem expectativa de que apenas uma conversa vá resolver as questões que apresentamos”, disse Rosane, logo após a audiência. “As lutas do MST continuarão em 2015”, avisou.
Na reunião com a presidenta, os representantes do MST também se mostraram insatisfeitos com a possível indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para ficar à frente do Ministério da Agricultura. “Temos colocado para imprensa, e agora para presidenta Dilma, é que a nomeação da Kátia Abreu é uma simbologia muito ruim para aquilo que foi as eleições nas ruas, onde os movimentos sociais foram garantidos, a vitória da presidenta, em um avanço de um projeto popular mais avançado”, disse Alexandre.
Apesar da resistência ao nome da senadora, o representante do MST afirma que não cabe ao movimento interferir na nomeação, uma vez que esta é uma prerrogativa da presidenta. Ainda de acordo com Alexandre, Dilma não teria se manifestado sobre o assunto.
Foi feito ainda um apelo por mudanças, especialmente sobre a suposta postura de integrantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário em relação ao MST. Segundo Alexandre, assim que compor o novo governo, Dilma vai conversar novamente com o MST para discutir um plano de metas.
Com informações do PT Nacional e da Agência Brasil