O presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse nesta terça-feira (08/05) que poderá haver uma redução nas tarifas de energia de até 10% com a renovação das concessões do setor elétrico que começam a vencer a partir de 2015. “Nós fizemos simulações e a redução pode ser de até 10%, dependendo das premissas e dos critérios que serão utilizados”.
Hübner disse que espera que a proposta sobre o destino das concessões que estão vencendo seja concluída pelo governo até o fim deste mês e poderá incluir requisitos de qualidade que deverão ser cumpridos pelas distribuidoras.
Em 2015, 67 usinas hidrelétricas terão suas concessões vencidas, o que representa 18,2 mil megawatts, além de usinas térmicas, distribuidoras e linhas de transmissão. De acordo com a legislação vigente, com o fim das concessões, as usinas devem passar por novo leilão, mas o governo pode mudar a lei e prorrogar os atuais contratos.
Hidrelétricas-plataforma
As primeiras usinas hidrelétricas do tipo plataforma devem ser licitadas pelo Governo Federal entre o fim de 2013 e o começo de 2014, segundo informou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. As usinas São Luiz e Jatobá serão construídas no Rio Tapajós, na Amazônia.
As usinas-plataforma são hidrelétricas cuja concepção é baseada no conceito das plataformas de exploração de petróleo em alto-mar (offshore) e tem por objetivo provocar o menor impacto ambiental possível. A hidrelétrica deve ser construída com reduzido número de operários e, depois de pronta, todo o canteiro de obras é desmanchado e o entorno da usina, reflorestado. A usina-plataforma funciona de forma mais automatizada do que uma hidrelétrica comum e não contará com nenhuma estrada para ligar a hidrelétrica ao resto do país. Os funcionários terão que se deslocar para a usina por helicóptero, como ocorre no transporte de pessoal para as plataformas de petróleo no mar. E será expressamente proibida a criação de núcleos urbanos, como vilas, no entorno da usina.
Segundo Tolmasquim, esse conceito será usado em áreas da Floresta Amazônica onde não há ocupação humana. “Praticamente não tem impacto ambiental porque vai se reflorestar tudo em volta e a vai ficar a hidrelétrica no meio da floresta. A ideia é não ter cidades
A Bacia Amazônica concentra a maior parte do potencial hidrelétrico brasileiro ainda a ser explorado. Mas muitas dessas áreas, propícias para implantação de usinas, ficam em área de mata preservada ou de reservas indígenas. O governo brasileiro tem sido alvo de críticas por causa da construção de usinas na Amazônia, como Belo Monte, no Rio Xingu (PA).
Tolmasquim disse que, apesar das críticas internacionais, o Brasil não pode “abrir mão” de seus recursos hidrelétricos, já que essa fonte de energia é barata e renovável. Segundo ele, a EPE também concluiu um estudo sobre a viabilidade da energia solar no país que será entregue, na próxima semana, ao Ministério de Minas e Energia.
Ele não quis adiantar os detalhes do estudo, mas disse que a energia solar já é competitiva em algumas regiões do país, quando usada de forma isolada. No entanto, ainda não é competitiva quando colocada no sistema interligado, porque é uma energia cara.
Tolmasquim informou ainda que o Brasil deve se ficar, no próximo ano, entre os dez países que mais geram energia usando a força dos ventos (geração eólica). Hoje, o país produz cerca de 1,5 mil megawatts (MW) por aerogeradores. Em
Agência Brasil