Começou nesta quarta-feira (18/04) o transporte das cestas básicas que serão distribuídas entre os municípios baianos em situação de emergência por causa da seca. A definição da distribuição dos alimentos foi anunciada durante a reunião do Comitê Estadual para Ações Emergenciais de Combate aos Efeitos da Seca, realizada terça-feira (17), no auditório da Casa Civil.
De acordo com o senador Walter Pinheiro (PT-BA), a disponibilidade das cestas básicas é uma ação emergencial que está sendo tomada, mas ele chama atenção para ações estruturantes e perenes para melhorar o convívio com a seca. “Foram liberados R$ 168 milhões para a implantação de sistemas de abastecimento de água, além de recursos para aquisição de máquinas. Estamos agora buscando mais R$ 118 milhões também para sistemas simplificados de água, além de recursos para continuidade das obras das adutoras do feijão e do algodão”, disse.
As 4.630 cestas disponibilizadas pelo Ministério da Integração Nacional estão vindo de Minas Gerais e as cinco mil do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vêm do Rio Grande do Norte. Os alimentos vão para cinco centrais de distribuição na Bahia, localizadas em Feira de Santana, Irecê, Vitória da Conquista, Senhor do Bonfim e Ribeira do Pombal.
A Secretaria de Relações Institucionais (Serin) entrará em contato com as prefeituras em situação de emergência que não possuem unidade da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), para que cada prefeito procure o centro de distribuição mais próximo e retire as cestas do seu município. O Governo do Estado, por meio da Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec), seguiu critérios socioeconômicos na definição da quantidade de cestas que cada município vai retirar.
Já nos municípios onde há unidade da Ebal, as prefeituras vão distribuir vales-cesta para as famílias mais necessitadas. Com um investimento de R$ 8,4 milhões, custeados pelo Ministério da Integração Nacional, serão disponibilizadas cerca de 130 mil vales.
Arroz e feijão
Estão liberadas duas mil toneladas de feijão, disponibilizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As prefeituras devem buscar o alimento armazenado nos depósitos de Irecê e Ribeira do Pombal. Já o arroz (mil toneladas), que está em Tocantins, deve chegar à Bahia na próxima semana. O comitê está traçando a melhor logística para buscar e distribuir esse alimento. Após a discussão sobre as ações de assistência voltadas para a alimentação, o comitê pautou, mais uma vez, a situação da infraestrutura hídrica na Bahia e as ações de fiscalização nos rios que cortam o estado.
Com informações da Secom/BA