“O evento externo e privado no qual o atual presidente do Brasil será homenageado foi agendado antes da escolha do laureado. Estamos profundamente preocupados e avaliando nossas opções”.
Este é o texto divulgado pelo Twitter, no final da noite da última quinta-feira (11), pelo prestigiado Museu Americano de História Natural, sediado em Nova York.
Dependências do museu foram alugadas para a realização da cerimônia de entrega do prêmio “Pessoa do ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, marcada para 14 de maio.
A locação de dependências para eventos privados — formaturas, casamentos e solenidades — em museus e outros edifícios do gênero, como a Biblioteca Pública de Nova York, é uma prática corriqueira nos Estados Unidos, mas reação da opinião pública a uma homenagem a Bolsonaro nas dependências do Museu de Historia Natural, um dos mais populares da cidade, levou a instituição a considerar o cancelamento do contrato.
A postagem está afixada no topo da página do museu no Twitter, recurso utilizado quando se quer manter um conteúdo permanentemente visível.
Até o início da tarde desta sexta-feira, 15 horas após a publicação, o tweet já contava com 926 compartilhamentos (retweets), 3,9 mil likes e 1.000 comentários — a vasta maioria dos quais pedem à instituição que cancele a realização da homenagem em suas dependências.
O prêmio de “Pessoa do Ano” é entregue anualmente pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos a duas personalidades, uma norte-americana e outra brasileira. As solenidades reúnem um milhar de convidados que pagam entradas de US$ 30 mil por cabeça.
Veja a postagem do Museu Americano de História Natural no Twitter