A revista Época traz novas denúncias contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Gravações da Polícia Federal mostram novos indícios do envolvimento do tucano com o esquema de Carlinhos Cachoeira e com a Construtora Delta.
O novo petardo da revista atinge Perillo no peito mais uma vez. Explorando o vazamento de gravações que somam 5,9 gigabytes, de processo que corre sob segredo judicial na 11ª Vara Federal de Goiânia, a matéria traz diálogos comprometedores que indicam o trabalho em parceria da trinca Perillo-Cachoeira-Demóstenes.
Noutros diálogos, cita-se Perillo como responsável por ordenar, por intermédio do ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM), que o diretor do Detran no Estado, indicado por Cachoeira, contratasse uma empresa de um amigo do governador.
A matéria mostra ainda um novo personagem que é minuciosamente detalhado – Antonio Perillo, irmão do governador e sócio do “clube Nextel”- um seleto grupo de pessoas com telefones habilitados nos Estados Unidos especialmente para garantir o acesso direito com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. E traz novas suspeitas da influência de Cachoeira na estrutura do governo e no direcionamento de licitações para a Delta.
Na semana passada, duas outras matérias publicadas pela mídia já haviam complicado muito a situação do governador de Goiás: A demolidora reportagem ,também da revista Época, mostrando as relações do tucano com a empresa Delta, e o texto publicado pelo Globo no último dia 17/07, com interceptações telefônicas que sugeriam que Cachoeira, pagava contas de secretários do governo goiano utilizando, novamente, a construtora Delta.
A reportagem anterior da Época mostrou evidências de que a Delta firmara um “compromisso” político com Perillo: comprara a casa que o governador vendia, pagara R$ 500 mil a mais do que ela valia – e passara a receber em dia o que o governo de Goiás lhe devia.
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Veja a íntegra da reportagem da revista Época
Na mídia: Cachoeira pagava as contas de secretários de Perillo