Na mídia: em 2013, Congresso deve desatar nós da economia, diz Pinheiro

Em reportagem sobre desafios do Congresso, senador baiano sublinha as questões federativas

Um ano para enfrentar desafios econômicos no Congresso Nacional. Muito mais que a votação do Orçamento Geral da União (OGU) deste ano, pendente desde o final do ano passado por conta de uma resistência de parlamentares que pressionam pela votação de suas emendas e pela dúvida jurídica em torno da ordem de votação dos vetos presidenciais, o Parlamento vai ter de se concentrar na solução de conflitos que envolvem questões federativas e que precisam conciliar os interesses de diversos estados. Mesmo dentro das bancadas mais fiéis ao governo da presidenta Dilma Rousseff, frisa a reportagem, há opiniões bem diferentes sobre temas delicados como, por exemplo, a distribuição dos royalties do petróleo.

Em entrevista à revista IstoÉ Dinheiro desta semana, o senador Walter  Pinheiro, que conduziu a bancada do PT enquanto se travaram boa parte desses embates no ano passado – e que agora precisam ser votados – “nunca é fácil convencer 81 senadores e 513 deputados federais do que é melhor para o País ou para a economia”, apontou o senador. Para ele, a pauta federativa é muito importante, “pois devolve aos Estados a oportunidade de recuperar sua capacidade de investimento”, disse Pinheiro.
Ele antecipou para a publicação o que devem ser os maiores conflitos desse ano legislativo. Todos são projetos que envolvem, de certo modo, a redistribuição de recursos entre os estados, na qual um terá de abrir mão do que recebe hoje em benefício de outro. Como, por exemplo, a discussão no Congresso em torno da proposta que prevê a divisão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no comércio eletrônico entre os estados de origem e destino do produto – segmento que movimentou R$ 24 bilhões em 2012, com crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Hoje, todo o imposto fica com o Estado que vendeu o produto.

Outro nó a ser desatado é a nova fórmula para repartição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), com valor estimado em R$ 74 bilhões neste ano. O senador é relator do projeto que propõe nova fórmula de partilha. Também à espera de votação, publica a revista, está a medida provisória que desobstrui investimentos nos portos e permite a livre movimentação de cargas e abre o caminho para a licitação para operação de todos os portos públicos. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), essa mudança deve reduzir os custos de transporte e aumentar a competitividade da indústria brasileira.

Aparentemente, o único ponto sobre o qual o consenso já é uma certeza é o projeto de lei complementar que altera o indexador das dívidas dos Estados e municípios, reduzindo o índice.  O projeto atende a uma demanda antiga de governadores e prefeitos, unifica as alíquotas interestaduais de ICMS em 4%, e acaba com a guerra fiscal. 

Veja a íntegra da matéria:

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/111552_A+ECONOMIA+NO+NOVO+CONGRESSO

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