O Governo Federal deve anunciar nos próximos dias um pacote de medidas para aumentar a competitividade da economia, concentrado no financiamento à inovação em setores estratégicos e na mudança da legislação para facilitar a importação de mão de obra qualificada. Os recursos, da ordem de R$ 20 bilhões, virão do BNDES e da FINEP e deverão bancar projetos de inovação nas áreas de petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde, tecnologia da informação e comunicação.
Segundo informa a repórter Claudia Safatle, na edição desta sexta-feira do jornal Valor, uma mudança importante em relação a outras linhas de financiamento do BNDES será a criação de um “guichê único” para atender às empresas que se habilitarem a esses financiamentos, evitando atrasos na liberação de recursos para as diversas etapas do projeto.
Há três meses o governo brasileiro decidiu levar adiante a abertura do mercado de trabalho doméstico para estrangeiros, aproveitando a extensa oferta de mão de obra qualificada disponível na Europa em crise. Até fevereiro, a presidenta Dilma Rousseff deverá bater o martelo sobre as novas regras, que estão sendo elaboradas por um grupo coordenado pelo economista Ricardo Paes de Barros, secretário de Ações Estratégicas.
“Os indicadores de oferta e demanda de trabalhadores qualificados são impressionantes. Para uma demanda estimada de 350 mil engenheiros civis, calculada a partir dos investimentos projetados para os próximos dois anos, as universidades do país formarão no máximo 60 mil. A escassez se repete em outras áreas, como a da tecnologia da informação (TI). As escolas do país devem formar cerca de 34 mil profissionais de TI até 2014, menos da metade dos 80 mil trabalhadores que a economia precisaria”, informa o Valor.
Com informações do Valor Econômico