O Brasil deveria aproveitar a oportunidade para colocar na agenda nacional a discussão sobre o financiamento privado das campanhas eleitorais. A avaliação é do senador Jorge Viana feita e foi feita à revista Rolling Stone, na edição de novembro, que está nas bancas. Na reportagem “Os 50 tons de cinza da Justiça”, sobre escândalos envolvendo partidos políticos, o senador aponta que o momento é propício à retomada dos debates sobre a reforma política.
O uso de caixa dois para bancar as campanhas, um dos problemas levantados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470, o chamado “mensalão do PT”, deve ser levado para discussão junto à opinião pública. “Acho lamentável que, na primeira vez em que o país tem oportunidade de fazer um debate amplo sobre financiamento de partidos políticos, a discussão tenha acontecido de forma parcial”, diz Jorge Viana.
Na entrevista concedida ao repórter Cristiano Bastos, que assina a reportagem sobre os vários mensalões – do PSDB, do DEM, além da “lista de Furnas”, as três ainda aguardando julgamento na Justiça –, o senador lamenta o papel de oposição desempenhado por parte da mídia. No texto da reportagem, o repórter destaca a avaliação do senador do Acre, para quem “a grande imprensa e as elites sempre respaldaram a oposição aos governos Lula e Dilma, e têm trabalhado no sentido de substituir o papel que, na realidade, deveria ser dos partidos de oposição”.
Jorge Viana é taxativo ao dizer que “a oposição fracassou”, destacando que os veredictos sobre o mensalão do PT deixaram questionamentos sobre a própria atuação da Justiça brasileira. “Esse [mensalão] que estão pondo na conta do PT é, para mim, uma cópia malfeita daquele que o PSDB, pelo contrário, fez com profissionalismo. O PT tem que tirar lições desse episódio, mas não pode levar lição de moral de quem não tem moral”, diz Jorge Viana.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria da revista Rolling Stone Os 50 tons de cinza da Justiça
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