O jornal inglês The Guardian publicou nesta quarta-feira (18) uma matéria sobre como o programa de transferência de renda dá às mulheres mais liberdade e independência
“Eu substituí meu marido pelo Bolsa Família”, conta a beneficiária Maria da Paz, que vive na Rocinha, no Rio de Janeiro. Ela credita ao Programa o maior apoio para a decisão de deixar o ex-marido, que agredia as duas filhas do casal. “O Bolsa Família ajuda as mulheres”, reforça.
Hoje, 93% dos titulares do cartão do Bolsa Família são mulheres. Além de dar a elas mais autonomia, o Programa teve outro impacto positivo: a diminuição de partos prematuros e o nascimento de crianças mais saudáveis, graças ao acompanhamento pré-natal, uma das contrapartidas que as mulheres assumem ao ingressar no Bolsa Família.
Em outra matéria, publicada na última terça-feira (17), o jornal inglês afirma que o programa é, sem dúvida, o maior sucesso de exportação do Brasil atualmente, uma forma barata e eficiente de melhorar a vida dos mais necessitados. Segundo o The Guardian, ao repassar dinheiro diretamente aos mais pobres, o Bolsa Família representa uma mudança de paradigma.
Na reportagem, a ministra Tereza Campello relembrou o lançamento do programa, há dez anos, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a resistência enfrentada à época. “Críticos citam Confúcio e dizem que é melhor ensinar as pessoas a pescar do que dar o peixe, mas os beneficiários do Bolsa Família não são pobres por serem preguiçosos ou por não saberem como trabalhar, eles são pobres pela falta de oportunidades, de educação e pela saúde precária. Como eles podem competir com essas desvantagens? Ao dar às pessoas dinheiro para sobreviver, nós as empoderamos, incluímos e damos direitos de um cidadão em uma sociedade de consumo”
Fonte: Site do Bolsa Família (bolsafamilia10anos.mds.gov.br)