Nazismo cultural

Não há espaço para apologia ao nazismo na democracia

Bolsonaro, acuado pela repercussão negativa, demitiu seu Secretário de Cultura. Entretanto, no dia anterior, exaltava apoio e afinidade com as ideias de Roberto Alvim
Não há espaço para apologia ao nazismo na democracia

Imagem: Agência PT

É estarrecedor o vídeo em que Bolsonaro e seu secretário de Cultura, Roberto Alvim, anunciam o lançamento de edital público voltado a “rever a história do Brasil” e a “alinhar conservadorismo e arte”, assumindo a censura como ferramenta institucional. Soma-se a isso a funesta performance de Alvim ao detalhar o referido edital, de retórica e estética abertamente nazista, copiando Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler.

Bolsonaro, acuado pela repercussão negativa do caso no Brasil e no mundo, demitiu seu Secretário de Cultura. Entretanto, no dia anterior, na mesma “live” em que anunciava sua pretensão de usar recursos públicos para fazer um processo de revisionismo da história brasileira, afirmava seu mais inteiro apoio e afinidade com as ideias de Roberto Alvim.

O Brasil não pode conviver com a ameaça da volta de ideologias totalitárias. É preciso que a liberdade de expressão, a diversidade cultural e o respeito às minorias, princípios consagrados pela Constituição, sejam de fato assegurados.

A escalada de Bolsonaro é contra os artistas, os educadores, a imprensa, contra toda forma de produção artística e intelectual livre. O Partido dos Trabalhadores repudia isso e, fazendo jus à sua história, está ao lado da sociedade para garantir a democracia e os direitos civis.

São Paulo, 17 de janeiro de 2019

Gleisi Hoffmannpresidenta nacional do PT

Márcio Tavares, secretário Nacional de Cultura do PT

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