Não se deve “brincar à beira do precipício”, diz Dilma sobre crise mundial

Ao anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos – um programa de compras governamentais para acelerar a economia – a presidenta Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira (27/06) que o cenário de crise financeira internacional preocupa, mas não amedronta o País. Dilma disse que, no entanto, não se pode “brincar à beira do precipício”. Segundo ela, é importante que o governo e toda a sociedade tenham consciência da gravidade da crise econômica internacional para evitar aventuras fiscais.

“Este cenário nos preocupa, mas não nos amedronta. É preciso ter consciência dele para evitar que, neste momento, sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo hoje se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventura fiscal é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada. Não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo”, disse a presidenta, no discurso.

Dilma voltou a afirmar que o Brasil tem condições de se defender dos efeitos da crise e continuar crescendo, mas, por ter uma situação econômica estável, não pode ter a soberba de considerar-se livre do contágio. “Nós não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo. Nós temos recursos para encontrar um caminho e continuar crescendo. Primeiro, evitar as consequencias e continuar crescendo. Agora, nós não podemos achar que… ter a soberba de achar que podemos brincar à beira do precipício”, afirmou ao garantir que o governo continuará estimulando o investimento e o consumo no país e tomará as medidas necessárias para proteger os empregos e preservar as conquistas econômicas e os avanços sociais.

O PAC Equipamentos é parte do esforço do governo para proteger a produção e os empregos. Na cerimônia de anúncio do programa para agilizar as compras governamentais com recursos de R$ 8,4 bilhões e preferência para aquisição de produtos nacionais, a presidenta Dilma disse que essa iniciativa é consagrada como um dos mecanismos aceitos para garantir a sustentação do crescimento econômico. As compras anunciadas pelo governo em áreas como saúde, defesa e educação têm o objetivo de estimular a economia brasileira, que sofre os reflexos da crise financeira internacional.

“Nós queremos que esse programa contribua, junto com todas as medidas que tomamos, para melhorar e garantir essa proteção. Considero que uma política de compras governamentais, ela, neste momento, é, sobretudo, uma afirmação de que nós temos mecanismos para enfrentar a crise, e vamos usá-los sem nenhum restrição”.

Na avaliação da presidenta, a crise dos países da zona do euro tem duração longa e crônica, requerendo mais medidas para ser solucionada. “A cada reunião dos países europeus, esperamos que uma solução mais sistêmica surja e assegure mais confiança”, disse.

Com informações do Blog do Planalto e da Agência Brasil

Foto: Palácio do Planalto

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