A maioria das capitais dos estados do país foram tomadas por milhares de manifestantes neste domingo, 7, alterando o cenário da disputa política no Brasil. De forma pacífica e respeitando os protocolos sanitários, pessoas de todas as idades foram às ruas para protestar contra o governo Bolsonaro.
Desde a manhã até o final do dia, cartazes, faixas e palavras de ordem denunciaram o racismo, o fascismo e o descaso do governo federal no combate à pandemia. Em várias capitais, panelaços de quem optou por ficar em casa se somaram aos manifestantes nas ruas.
As capitais de São Paulo e Rio de Janeiro foram palco das maiores manifestações. Na capital paulista, milhares de manifestantes participaram de evento no Largo da Batata. No Rio de Janeiro, os protestos ocorreram nas ruas centrais da cidade e no bairro de Copacabana, na Zona Sul da cidade.
Expressivas manifestações também foram realizadas em Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Manaus, Fortaleza, Goiânia e Salvador e outras capitais e cidades do país. A maioria dos eventos ocorreu com sucesso, em clima alegre, sem provocações.
Impondo uma derrota ao bolsonarismo, os atos pelo país foram comemorados por líderes políticos do PT. “Todos unidos contra o racismo e o fascismo em Brasília! #SomosDemocracia #AntiFascista #Antirracista”, ressaltou o líder da bancada do PT no Senado Federal, Rogério Carvalho (SE). “As manifestações nas ruas hoje reforçaram que a maioria dos brasileiros estão defendendo a democracia e o impeachment de Bolsonaro”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Os protestos levaram às ruas a denúncia do racismo, lembrado pelo citação de nomes de negros assassinados no Brasil. “Vidas negras importam”, entoaram os manifestantes, invocando nomes de Marielle Franco, do menino João Pedro e do norte-americano George Floyd, assassinado há duas semanas em Minneapolis, asfixiado por um policial branco, o que gerou uma onda de indignação pelas principais cidades dos Estados Unidos.
Nas ruas brasileiras, os profissionais de saúde foram homenageados, enquanto o SUS contou com faixas em sua defesa, em todas as capitais. As manifestações foram solidárias às famílias dos mais dos mais de 33 mil mortos por Covid-19.