A voz do povo brasileiro vai ecoar pelas ruas de várias cidades do país, mais uma vez, neste fim de semana. As mobilizações em formato de carreatas e bicicletadas vêm, cada vez mais, unindo a população em torno de dois gritos, o #ForaBolsonaro e #VacinaJá. Os atos estão sendo organizados pela CUT e demais entidades que fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Confira no final do texto as cidades que já confirmaram os atos.
A bandeira dos protestos é o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL). As reivindicações são por Vacina Já e para todos e uma política eficaz de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 240 mil pessoas no país, pela volta do auxílio emergencial, contra o desemprego e contra os altos preços dos alimentos. Tudo isso é consequência da política desastrosa de Bolsonaro.
Para a CUT e os movimentos sociais, assim como para grande parcela da população, além de negar a pandemia e fazer pouco caso das mortes por Covid-19, Bolsonaro não é capaz de resolver os problemas sociais e econômicos e recolocar o país no caminho do desenvolvimento com proteção social.
Pelo contrário, mergulha o país na crise, com sua política econômica de ajuste fiscal que penaliza os trabalhadores e trabalhadoras, em especial os mais pobres, e que vem desde o início de seu mandato, como continuidade do governo golpista de Michel Temer (MDB).
E após quase um ano de pandemia, 2021 começou com a perspectiva de agravamento da crise sanitária e sem uma luz no fim do túnel para o Brasil sair desse caos econômico e social. A afirmação é da Secretária Geral da CUT, Carmen Foro.
Ela aponta a fome e a miséria de milhões de brasileiros, além das mortes provocadas pelo novo coronavírus como as consequências mais graves da postura e ações de Jair Bolsonaro e motivo principal de o povo brasileiro não suportar mais a situação do país.
“Não podemos normalizar a convivência com o vírus. Essa doença está matando muita gente por falta de uma política humanitária de enfrentamento à pandemia. Não é normal. Também não é natural que as pessoas passem fome, por continuarem desempregadas e sem um mínimo de condição para manter o mais básico em suas vidas”, diz a dirigente.
Para Carmen, as crescentes manifestações contra Bolsonaro refletem o descontentamento do povo brasileiro com o Governo Federal. A população, diz, tem acordado e se levantado cada vez mais contra Bolsonaro.
“O povo está vendo o governo gastar milhões em coisas como leite condensado, cerveja e picanha, principalmente para os militares, outros milhões para comprar o voto de deputados para eleger os aliados para a presidência do Congresso, enquanto diz que não pode pagar o auxílio emergencial de R$ 600, que é fundamental para salvar vidas durante a pandemia – para não deixar pessoas morrerem de fome”, ela diz.