Níveis de instrução estão atrelados ao aumento de renda, mostra o IBGE

 

Em 2010, a maioria das pessoas de 25 anos ou mais com superior completo eram de famílias com renda per capita acima de 3 mínimos.

Os níveis de instrução, no Brasil, têm relação direta com a renda. Ou seja, quanto maior o padrão de vida das famílias, maior a chance de acesso à educação.. A conclusão consta no Censo Demográfico 2010: Educação, Deslocamento, Trabalho e Rendimento o divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2010, as maiores parcelas de pessoas com 25 anos ou mais de idade com ensino superior completo eram originadas de famílias com renda per capita superior a três salários mínimos. Entre os que têm idade superior a 25 anos, 20,7% dos que têm ensino superior completo estão na faixa dos três a cinco salários mínimos de renda familiar per capita; e 33,9% têm renda per capita acima de cinco salários mínimos.

Em contrapartida, a maior parcela de pessoas com idade acima de 25 anos sem instrução e com fundamental incompleto, de 33,1%, se encontra em famílias com renda entre meio e um salário mínimo per capita.

Outro ponto apurado pelo instituto foi a continuidade na disparidade do acesso ao ensino superior no país, no âmbito racial. Entre 2000 e 2010 a parcela de pessoas brancas que frequentam ensino superior saltou de 8,1% para 14,5%. No mesmo período a fatia da população negra com acesso a ensino superior passou de 2,3% para 8,4%; e a dos que se definiam como pardos subiu de 2,2% para 6,7%. Ou seja: mesmo com o avanço na última década as parcelas de negros e pardos eram quase a metade da fatia dos brancos.

Crianças e adolescentes

O levantamento mostrou que entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos 96,7% frequentavam a escola; 1,3% do total nunca frequentou escola ou creche; e 2% não frequentavam, mas já haviam frequentado. Na população de 6 a 17 anos idade 3,3% estavam fora das salas de aula. Isso, na prática, levou a um contingente de 966 mil crianças e adolescentes no país, entre 6 e 14 anos de idade, que não frequentavam escola no país em 2010.

A ausência de crianças nas salas de aula é mais frequente em famílias mais pobres. Ao analisar a faixa etária entre 6 e 17 anos, o IBGE informou que a parcela dos que não estavam na escola em 2010 era de 1,6% nas faixas de renda superiores a três salários mínimos – mas quase cinco vezes maior, de 5,2%, naqueles com renda de até um quarto do salário mínimo.

Entre os adolescentes de 15 a 17 anos a disparidade por faixas de renda daqueles que não frequentavam as salas de aula também era grande. O percentual de jovens fora da escola nessa faixa etária era de 6,4% entre pessoas com renda acima de três salários mínimos; e de 21,1% nas de renda inferiores a um quarto de salário mínimo.

Entretanto, o instituto apontou uma boa notícia no atendimento a creches e escolas, entre crianças mais novas. A parcela no contingente com até 5 anos de idade que frequenta escola ou creche aumentou de 9,4% para 23,5% no grupo etário de até 3 anos; e subiu de 51,4% para 80,1% na faixa etária de 4 a 5 anos, entre 2000 e 2010.

Na faixa etária de até 4 anos de idade que frequentavam escola ou creche o IBGE apurou que em 2010, no contingente de até 3 anos, 31% cursavam o pré-escolar, e na idade de 4 anos 21,3% das crianças nessa faixa etária estavam em creche.

Com informações do IBGE e das agências de notícias

Veja mais detalhes na página do IBGE

 

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